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Mercado

24Jul2012

Sem sobrar na prateleira

O consumidor brasileiro começa a pagar mais caro pelo alimento mais básico da cesta: o feijão. E paga mesmo. O valor subiu pelo menos 30% entre janeiro e junho deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Esta não foi a única alta registrada nas prateleiras dos supermercados. O preço do tomate subiu cerca de 220% nos últimos dias e transformou a salada do brasileiro em artigo de luxo, segundo a FGV. As remarcações estão acontecendo devido às modificações climáticas. Em algumas áreas a seca é grande. Em outras, está chovendo muito. Agora, isso não quer dizer que o setor esteja no prejuízo. Pelo contrário. Mesmo com os preços em alta, os donos dos supermercados não acreditam que os produtos irão sobrar nas prateleiras. A expectativa é de que as vendas no Brasil cresçam pelo menos 11% este ano. Em Pernambuco, as previsões são ainda melhores: as vendas devem crescer 15%. O otimismo é devido ao bom momento econômico estadual. Os investimentos que aqui se instalam estimulam o consumo, impedindo que o setor desaqueça. O desafio estadual é outro: não deixar que a crise econômica contamine o setor. É o que defende o presidente da Associação Pernambucana de Supermercados, Edvaldo Guilherme. Mas, enquanto a crise não chega, o feijão está vendendo como água, e sem preço de banana.

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