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12Dez2013

Safra cresce e expõe gargalos no Brasil

O escoamento da produção agrícola brasileira continuará esbarrando nos gargalos de infraestrutura em 2014, apesar de todo o esforço do governo em tentar resolver o problema. A exportação de grãos deve pular de 90 milhões para 105 milhões de toneladas, segundo estimativa do Ministério da Agricultura. O aumento de 16% intensificará o movimento de cargas em estradas, ferrovias e portos e, ao mesmo tempo, deixará ainda mais claro o imbróglio que o país vive na área de logística.

Ciente da força do agronegócio e do peso do setor na economia, o governo federal divulgou ontem uma lista de ações para facilitar o escoamento de grãos. A maioria das medidas, como duplicação de estradas e ampliação de linhas férreas, não mudará a situação de imediato, embora sejam consideradas importantes. “A dificuldade no escoamento é um problema bom, sinal de que a produção está aumentando”, tentou amenizar o ministro da Agricultura, Antônio Andrade.

As atenções do governo estão voltadas, principalmente, para o Porto de Santos, o maior do país, responsável pela exportação de 24 milhões de toneladas de grãos por ano. Um novo sistema, que será implantado a partir de janeiro, pretende coordenar melhor a chegada dos caminhões aos terminais de embarque — são, em média, 12 mil por dia. “Quem não agendar não vai entrar no porto”, reforçou o ministro da Secretaria de Portos,

Antônio Henrique da Silveira.

Os membros do governo prometem se reunir, até o Natal, com representantes dos transportadores, dos produtores agrícolas e dos atacadistas para evitar que, em 2014, os longos congestionamentos se repitam, prejudicando a fluidez do tráfego e atrasando as exportações. Em maio deste ano, as filas no acesso aos terminais do Porto de Santos provocaram mais de 20 km de engarrafamento nas rodovias próximas.

A primeira fase da duplicação da BR-163, entre Guarantã (MT) e Miritituba (PA), prevê o Ministério dos Transportes, ficará pronta em fevereiro próximo, o que deve melhorar a movimentação da soja produzida na região rumo aos portos do norte do país.

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