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05Set2011

Recursos também vão aprimorar merenda

O setor público também vai ser contemplado pela ação da Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe). Neste quesito, em especial, o foco será para financiamento de investimentos em serviços de merenda escolar. Segundo o presidente da Associação dos Municípios de Pernambuco (Amupe), Antônio João Dourado, há lei federal que obriga as prefeituras a comprarem merenda escolar de fornecedores do próprio município. “Além disso, 30% do que é oferecido na alimentação escolar deve vir de agricultura familiar. Vamos incentivar os municípios a se mobilizarem para melhorar seus serviços e economizar com logística, por exemplo, e fortalecer economia local”, explicou.

Segundo o presidente da Agefepe, Agnaldo Nunes, é de extrema importância a parceria com as prefeituras, mas a adesão ainda é tímida. “O processo foi iniciado há algum tempo. Convidamos as administrações a participarem e apenas seis municípios nos retornaram para efetuar o processo. Destes, só Timbaúba e Camaragibe concluíram o cadastro”.

“Como se trata de operações experimentais, a expectativa é que quando começarem as atividades os outros municípios se mobilizem. “Trata-se de um investimento alto do Governo para que tenhamos algo avançado que permita a realização de todo o equilíbrio desse segmento financeiro, atitude que a privatização do Bandepe não permitiu”, observou Nunes, que é ex-funcionário do Bandepe, onde passou 26 anos.

O prefeito de Parnamirim, Ferdinando Lima de Carvalho, ressaltou que é necessário otimizar os processos das forças econômicas locais. “Somos a cidade do bode e do mel. Já conseguimos que os fornecedores incluíssem o bode no cardápio da merenda. Com incentivos financeiros, essa inclusão pode ser ampliada, caso o processo sofra melhorias em gerenciamento dos produtos, influenciando diretamente a qualidade da alimentação. O resultado é o bem estar das crianças. Nosso objetivo”, pontuou.

Para conseguir crédito, a micro tem que ter contrato com a prefeitura, ou seja, precisa ter sido aprovada em processo licitatório. Novatos ou empresários em potencial passarão por capacitação, qualificação, receberão a orientação para se adequarem (sem dinheiro), para que possa ter condições de receber verba. Segundo Nunes, os trabalhos vão valorizar a capacitação. “Fornecer merenda de qualidade não é fácil. Só agregando valor é que vamos conseguir que esse fornecimento seja duradouro e permanente. Até porque se nós fornecermos a verba e o fornecedor perde o contrato. Como a gente fica?”.

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