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11Jul2012

Produtos têm aumento de 10,5%

De acordo com dados da análise realizada pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), o custo da cesta básica do recifense no mês de junho deste ano foi de R$ 463,94. Em relação ao mês de janeiro houve um aumento de 10,5%, apresentando uma diminuição de 1,26% em relação a maio. No mesmo período do ano passado, a cesta básica custava R$ 420.

Segundo o economista e coordenador da pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, Djalma Guimarães, o aumento significativo no valor da cesta básica está atrelado às mudanças climáticas.

“Estamos vivendo um momento de estiagem em alguns lugares. Por exemplo, no fim do ano existe uma demanda do setor. O problema aqui foi a diminuição da oferta, o que fez com que houvesse um aumento nos preços dos itens”, ressalta.

Trinta e nove estabelecimentos foram pesquisados em 25 bairros do Recife. Os locais foram escolhidos a partir de uma pesquisa realizada pelo próprio Instituto, onde os recifenses citaram onde compravam com maior frequência os produtos alimentícios. A escolha das marcas e dos produtos foi realizada pelo critério do mais consumido. “Fizemos uma pesquisa (a partir do IPMN) para ver as marcas mais consumidas por eles”, informa.

Caso o consumidor deseje obter o menor custo para os 20 itens contidos na cesta, ele precisaria visitar pelo menos 23 supermercados, em 18 bairros diferentes. O preço adquirido seria de R$ 328,33, ou seja, seria poupado um valor de R$ 135,61 em relação à média. “A gente não pode comprar no primeiro lugar que chegar. É importante fazer uma pesquisa”, orienta o economista.

O bairro de Boa viagem, entre os visitados, foi o que apresentou a maior concentração dos preços mínimos de cada produto (feijão, tomate, banana, açúcar e óleo). Porém, observou-se a maior ocorrência dos preços máximos de cada produto. “Este fator aconteceu pelo fato de o bairro concentrar grandes redes de supermercados. Como eles compram em grande quantidade, têm capacidade de fornecer preços mais baixos. O bairro, no entanto, também é de grande contraste: ou os preços são altos ou são baixos. Isso é explicado devido à diversidade de supermercados para públicos distintos”, encerra Guimarães.

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