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10Jan2014

Preços no Recife subiram 10,3%

Para conseguir cobrir as necessidades básicas das famílias brasileiras, o salário mínimo no ano passado deveria ser R$ 2.765,44, mais de quatro vezes os R$ 678 vigentes como piso até dezembro. Somente no mês de dezembro, o trabalhador recifense que recebia um salário mínimo gastou R$ 274,69 com despesas de alimentação, comprometendo, somente com este item, 44,04% de sua renda. No País, o comprometimento chegou a 46,83%. No Recife, a variação anual chegou a 10,34%.

Na média de 2013, o reajuste da cesta básica ficou acima de 10% em nove das 18 capitais pesquisadas, mas todas apresentaram aumento. O maior deles foi registrado em Salvador, onde o preço dos principais alimentos subiu 16,74%, para R$ 265,13. Já a cesta mais cara do Brasil foi encontrada em Porto Alegre: R$ 329,18. O valor supera até São Paulo, tradicionalmente o município que registra os maiores preços. Na capital paulista, a cesta subiu 7,33% e ficou em R$ 327,24.

Em dezembro de 2012, segundo as contas do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica da família recifense custava R$ 248,95, R$ 25,74 a menos do que o registrado em 2013. A estimativa feita pelo tem como base os custos da cesta básica, apurado mensalmente pela entidade. Despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência também entram na conta.

Pelos cálculos do Dieese, os brasileiros que receberam um salário mínimo vigente em 2013 precisariam trabalhar 94 horas e 47 minutos - aproximadamente 12 dias - apenas para bancar os gastos com alimentação. Na capital pernambucana, a média cai para 89 horas e 08 minutos. Segundo o estudo, o pão francês, o leite, a farinha de trigo e a banana foram os vilões dos preços no ano passado, uma vez que subiram em todas as regiões pesquisadas.

No Recife, o maior aumento foi percebido na farinha de mandioca. Na variação anual, houve acréscimo de 47% no preço do produto, que chegou a R$ 5,63 em dezembro. Segundo o levantamento, isso ocorreu por causa da “redução de oferta da raiz em função da redução da área plantada, baixa produtividade em algumas regiões e a forte seca que assolou o nordeste nos últimos dois anos”.

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