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Mercado

09Mar2012

Preço da cesta básica do Recife tem redução

NFLAÇÃO Queda foi de 1,68% e representou corte de R$ 3,74 no valor da cesta, vendida por R$ 219,42 em fevereiro. Farinha de mandioca, banana, açúcar e carne puxaram retração

O trabalhador recifense gastou 1,68% menos em fevereiro para comprar os alimentos essenciais. A queda representou um corte de R$ 3,74 no valor total da cesta básica, que foi vendida ao preço de R$ 219,42 no mês passado. Os números foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).Das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, 12 cidades registraram recuo no preço médio. As maiores reduções ocorreram em Florianópolis (-5,08%), Salvador (-4,52%), Curitiba (-4,04%), São Paulo (-3,15%) e Rio de Janeiro (-3,04%). Já os locais com os maiores aumentos nos preços da cesta básica foram Natal (2,14%), Aracaju (0,38%) e João Pessoa (0,22%).
No Recife, a redução de 1,68% registrada em fevereiro foi diretamente influenciada pela queda nos preços da farinha de mandioca (-8,40%), banana (-5,67%), açúcar (-4,29%) e da carne (-4%). Este último item é considerado o produto de maior peso relativo no custo da cesta.
O valor médio da carne bovina caiu em 15 capitais, refletindo a melhora das pastagens nas regiões produtoras e as previsões feitas pelo mercado, que apontam para o aumento da produção em 2012 acima do aumento do consumo. A estimativa leva em conta que a demanda internacional se manterá estável em relação ao ano passado.
Já entre os produtos que tiveram elevações nos preços médios estão o feijão (5,51%) e o arroz (4,54%). Esses reajustes foram motivados expectativa de redução da oferta por causa da seca na região Sul. A situação é pior no caso do feijão, pois a área plantada foi reduzida.
Outro produto que apresenta tendência de elevação é o café, que aumentou de preço em 14 capitais. Tal comportamento está relacionado à expectativa de que a produção mundial não acompanhe o aumento da demanda (caso a crise nos países desenvolvidos se acentue ainda mais), o que dificulta a recomposição dos estoques internacionais.
SALÁRIO
A compra da cesta básica por R$ 219,42 representou um gasto equivalente a 38,34% da renda dos trabalhadores do Recife que ganham um salário mínimo (R$ 622), restando 61,66% do valor para as demais despesas familiares. Na média nacional, o percentual atingiu a marca de 42,24%.
Para alimentar uma família composta por dois adultos e duas crianças, foram consumidos R$ 658,26 – cerca de 1,06 salário mínimo vigente no mês de fevereiro. Na avaliação do Dieese, o valor do salário mínimo necessário chegou a R$ 2.323,21 – 3,74 vezes o mínimo atual, que é de R$ 622.
O Dieese calcula o salário mínimo necessário de acordo com os custos mensais do trabalhador para sustentar a sua família com itens como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

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