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26Abr2012

Pernambuco desenvolve ações para exportar derivados do leite

O potencial da bacia leiteira de Pernambuco e a importância de se construir uma rota do leite no Agreste Central foram discutidos no 1º Encontro de Propostas para o Desenvolvimento Agropecuário, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Caruaru, por meio da Câmara Setorial Agropecuária.

O vice-governador, João Lyra Neto, que participou do evento, disse que a produção leiteira em Pernambuco nunca foi tratada de forma tão séria. Além de incentivar os antigos criadores é necessário incentivar a nova geração de produtores, afirmou. O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, por sua vez, destacou que o estudo da Food and Agriculture Organization - FAO prevê que o agronegócio brasileiro deve crescer 40% até 2020, enquanto nos Estados Unidos e no Canadá a média de crescimento ficará entre 10% e 15% e na Europa não ultrapassará os 4%. Em se tratando do leite, um terço da população mundial está começando a consumir os seus derivados, acrescentou Ramos. Para o secretário, o segmento leiteiro apresentase como uma das maiores oportunidades para expansão do agronegócio no mundo, seja pelo crescimento do consumo ou pela importância do produto para a melhoria da qualidade de vida da população. Existem, hoje, 350 mil famílias no meio rural pernambucano, das quais 100 mil atuam com a pecuária leiteira. É um setor que movimenta mais de R$ 1 bilhão no PIB do Estado”, ressaltou. De acordo com Erivânia Camelo, gerente geral da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária - Adagro, Pernambuco é o segundo maior produtor de leite do Nordeste e o segundo maior consumidor de derivados. Ela apresentou o potencial que a região do Agreste Central possui para desenvolver o setor e se tornar o quarto polo leiteiro do Estado. Além de produzir 400 mil litros/dia, a região é uma consumidora de lácteos e a proximidade dos municípios favorece o escoamento da produção. É possível criar uma rota no entorno de 80 quilômetros, disse Erivânia. Para ela, a oferta de água na região também é uma vantagem a ser considerada. Para exportar animais e produtos derivados é necessário que Pernambuco seja reconhecido como área Livre de Febre Aftosa. Ranilson Ramos destacou que o Governo Eduardo Campos, investiu cerca de R$ 80 milhões para combater a doença. “Esperamos para outubro sermos classificados como território livre da doença e em maio do próximo ano termos o reconhecimento internacional”, disse o secretário Ranilson Ramos.

MEDIDAS - Para a implantação da Rota do Leite, no Agreste Central, várias medidas devem ser tomadas, entre elas, a implantação de tanques de resfriamento, a recuperação de estradas para escoamento da produção e ações para melhoramento genético do rebanho. O Estado já investiu R$ 90 milhões para a recuperação e construção de estradas no entorno de Garanhuns e na instalação de 101 tanques de resfriamento do leite.