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| PROBLEMA surgiu no Agreste Meridional, prejudicando a produção de leite
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O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) desenvolveu variedades de palma - principal fonte de suplementação alimentar oferecida ao gado bovino - que sejam mais resistentes à praga cochonila do carmim. De acordo com o técnico agrônomo do IPA, Djalma Cordeiro, a necessidade surgiu com o forte aparecimento da praga no Agreste Meridional, que estava afetando a pecuária leiteira pernambucana trazendo grandes prejuízos para toda a cadeia produtiva. Agora, os produtores da região devem procurar as unidades do IPApara receber as mudas das palmas: Orelha de Elefante Mexicana, Ipa Sertânia (também conhecida como Baiana) e a Miúda (chamada também de Palma Doce).
O Nordeste possui um total de 600 mil hectares de área plantada de palma forrageira, sendo 150 mil hectares em Pernambuco. “Estamos sempre estudando variedades mais resistentes à praga. Selecionamos dez materiais (clones) e analisamos o comportamento delas em vários municípios da região para identificar quais eram as mais produtivas e adaptáveis. Então, elegemos essas três variedades porque não precisam de controle para pragas”, explicou Cordeiro.
No Agreste Meridional, região que concentra 80% da produção de leite do Estado, o controle tem obtido um sucesso efetivo por meio do manejo das áreas atingidas e da substituição das plantas sensíveis à praga por variedades mais resistentes. Inicialmente, estão sendo distribuídas as mudas de palma doce ou miúda, que podem ser adquiridas pelos produtores credenciados e assistidos pelos técnicos do IPA.
O presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito, destacou que já foram investidos pelo Governo do Estado de recursos da ordem de R$ 2,1 milhões. Foram adquiridos e distribuídos, ao longo do ano passado, cinco mil toneladas de sementes (raquetes) de palma forrageira da cultivar miúda. A previsão para este ano é de que sejam distribuídas mais três mil toneladas de raquetes de palma já a partir da próxima semana nos municípios do Agreste e Sertão.