É um encontro para discutir políticas e ações de defesa dos plantios de citros no nordeste Brasileiro. A reunião será em Salvador, nos dias 27 e 28 de setembro. O evento é promovido pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, de Cruz das Almas, na Bahia. O “Huanglongbing: ameaça iminente à citricultura do Nordeste brasileiro” é o nome escolhido para marcar a reunião que vai acontecer em Salvador, no auditório da Seagri, no Centro Administrativo da Bahia..
O huanglongbing (HLB), anteriormente chamado de greening, é a mais severa doença da citricultura em todo o mundo. Transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri Kuwayama e causada pelas bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Ca. L. americanus, foi identificada em pomares de São Paulo em 2004. Afeta todas as variedades e, até o momento, as medidas de controle são uso de mudas sadias, erradicação das plantas doentes e intenso controle químico do vetor, o que tem ampliado os custos de produção aos citricultores.
A doença ainda não chegou ao Nordeste, segunda região produtora de citros do país, mas o vetor já existe. “Em virtude do pouco conhecimento que geralmente se tem sobre o assunto, precisamos fazer chegar ao grande público toda informação que temos. A Empresa está investindo muito em pesquisa e precisa repassar isso para a sociedade”, afirma o pesquisador Eduardo Augusto Girardi, coordenador do evento. “Queremos apresentar o problema, discutir as precauções que têm que ser tomadas e alertar para o impacto fulminante que a doença tem”, continua.
A proposta do evento, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), é atingir agentes do governo do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que são regiões que ainda não têm o HLB. Estão sendo convidados secretários municipais e estaduais de agricultura de regiões cítricolas, diretores e técnicos das agências estaduais de defesa sanitária, técnicos e pesquisadores de empresas de pesquisa e extensão e produtores líderes. “Precisamos que, neste primeiro momento, as lideranças e os agentes de defesa assimilem os conceitos que serão repassados porque, assim, fica muito mais fácil chegar ao citricultor”, explica Girardi.