”Pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em palmáceas para a produção de óleo e aproveitamento econômico de co-produtos e resíduos", o "Propalma" visa promover o domínio tecnológico e a domesticação de palmáceas selecionadas pela densidade energética e distribuição territorial como matérias-primas para produção comercial de óleos. Além disso, busca resolver os gargalos tecnológicos para o aproveitamento econômico de co-produtos e resíduos, inserindo as regiões de ocorrência dessas palmáceas na geopolítica de produção de biocombustíveis (biodiesel, etanol e carvão vegetal), adubos e rações.
O Propalma foi lançado pela Embrapa Agroenergia, em Brasília, Distrito Federal em parceria com oito unidades de própria Embrapa, Instituto Agronômico de Campinas e oito universidades A primeira reunião aconteceu no inicio desta semana, em Brasília. "O projeto reforçará as pesquisas com o babaçu, o tucumã, o inajá e a macaúba", diz o líder do Propalma e pesquisador da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso.
As ações, que têm o apoio financeiro da Finep, serão desenvolvidas em todas as regiões do País, especialmente nos estados do Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. O Chefe-Geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães explica que para executar o Propalma, quatro palmáceas foram escolhidas em função do potencial produtivo de óleo e energia, por serem nativas e adaptadas às condições endofoclimáticas de diversos biomas brasileiros, além de serem matérias-primas potenciais para a produção de biocombustíveis. São das espécies macaúba, inajá, tucumã e babaçu.
Projeto prevê que, para cada uma das espécies, em um prazo de três anos, serão realizadas ações de mapeamento dos maciços, implantação de banco ativo de germoplasma, desenvolvimento de ferramentas moleculares para genotipagem das espécies e métodos de propagação vegetativa, realização de testes de progênies e estudos de fitotecnia, avaliação de fitopatogenicidade, caracterização de estádios fenológicos e maturação, determinação do teor de óleo, do ponto de maturação para colheita, armazenamento de frutos e pós-colheita, condições de beneficiamento, de extração de óleo e de produção de biodiesel e determinação das condições adequadas para o aproveitamento de coprodutos.