O pêssego - fruta tradicionalmente cultivada na região sul do país, rica em vitaminas, sais minerais, cálcio, potássio e antioxidantes - também pode ser uma boa alternativa de renda em regiões com clima diferente das regiões tradicionais da cultura. A pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira da Embrapa Clima Temperado (RS), e o engenheiro agrônomo Ciro Scaranari, do Escritório de Negócios de Campinas (SP) da Embrapa Transferência de Tecnologia, garantem essa alternativa através de novas cultivares já desenvolvidas.
“A Embrapa Clima Temperado vem desenvolvendo novas cultivares de pêssego como opções de plantio em locais com menos horas de frio, para possibilitar aos agricultores investir na diversificação da propriedade em algumas regiões do Espírito Santo e Bahia, ou ainda em áreas mais quentes de outros estados do”, informa a pesquisadora.
Segundo Maria do Carmo, o pêssego é uma boa alternativa de renda em pequenas propriedades. O primeiro passo para confirmar a viabilidade de seu cultivo é o produtor verificar qual variedade se adapta melhor às condições da região. Também é importante checar a aceitação do mercado e avaliar a distância da área de produção até a região de comercialização, pois, o transporte é fundamental para garantir que o produto chegue ao consumidor em boas condições.
O trabalho da Embrapa para avaliar a adaptação do pêssego em regiões não tradicionais consiste em montar Unidades de Observação, junto às propriedades, para acompanhar o desenvolvimento da cultura. “Plantamos diversos tipos de variedades e novas seleções, e, a partir do início da safra, fazemos as avaliações”, explica a pesquisadora.
Este trabalho de implantação e avaliação é feito em parceria com o Escritório de Negócios de Campinas (SP). No caso do pêssego, o engenheiro agrônomo, Ciro Scaranari, montou uma rede de unidades de observação que inclui mais de 20 locais e já colhe bons resultados. Segundo ele, “nos últimos dois anos, a Embrapa lançou três novas cultivares, resultado de avaliações desta rede”.