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06Ago2011

Isolamento geográfico

Para ser considerada uma Área de Proteção Fitossanitária, a região em questão deve ter algum tipo de isolamento geográfico – barreiras naturais que façam das características da região algo único em relação aos demais biomas. “No caso do Vale do São Francisco, fora dos distritos de irrigação, o clima seco funciona como uma barreira natural”, explica Aldo Malavasi, da Moscamed.

Entre as regiões que serviram de exemplo para a implantação da APF estão as experiências da Argentina, na região da Patagônia; o Norte do México; e a Tailândia – todas regiões produtoras de frutas. Para Raquel Miranda, gerente de Defesa e Inspeção Vegetal da Adagro, a etapa mais difícil será a implantação das barreiras sanitárias, incluindo o treinamento de pessoal para fazer as inspeções.

“A estrutura precisa atender a 100% dos veículos, o que exigirá um treinamento específico e infraestrutura. Na Patagônia, por exemplo, todos os vegetais de outras regiões encontrados são recolhidos e destruídos”, diz. Malavasi concorda, acrescentando que os profissionais serão treinados inclusive para a abordagem dos veículos e para o quê e como procurar os produtos.

Ligada ao Ministério da Agricultura, a Moscamed é uma biofábrica constituída como Organização Social fundada em 2002 e implementada a partir de 2004, para monitorar e pesquisar o combate a pragas agropecuárias, em especial para as frutas do tipo exportação. Além do Vale do São Francisco, a Moscamed desenvolve monitoramento nos estados da Bahia, Piauí, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Um dos principais trabalhos consiste na Técnica do Inseto Estéril, utilizados para diminuir a ocorrência de moscas-da-fruta nas produções, sem o uso de inseticida.

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