De 2006 a 2010, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) saiu do orçamento de R$ 60 milhões para R$ 130 milhões, sendo a maioria destes recursos destinada à agricultura familiar. O foco principal do instituto é a realização de pesquisas para o melhoramento genético das culturas e da agropecuária, distribuição de sementes, além de assistência técnica e preparo de terra. De acordo com o presidente do Instituto, Júlio Zoé, antes o IPA contava com 57 escritórios de assistência técnica e rural. Agora são 183 unidades distribuídas em diversos municípios de todas as regiões do Estado.
Para reforçar as equipes, foram contratados em 2010, 250 novos técnicos agrônomos. Para as famílias agricultoras, o volume da distribuição de sementes de milho e feijão aumentará de 400 mil quilos para 3,122 milhões de quilos previstos para 2011. Ao todo, estão sendo assistidas pelo IPA 150 mil famílias pernambucanas. “Na área de pesquisa, conseguimos captar cerca de R$ 20 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Pesquisa Agropecuária. Com estes recursos estamos construindo o novo centro integrado de estudos governador Miguel Arraes, na sede do IPA. Com isso, nosso objetivo é coletar as sementes e adaptá-las para a região da caatinga”, pontuou Zoé.
O presidente do instituto disse, ainda, que a entidade conta com R$ 16 bilhões do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para custeio das safras, onde cada família pode receber crédito de R$ 2 mil a R$ 110 mil, dependendo do volume produzido por hectare. “Com essas medidas conseguimos aumentar em 66% a produção de milho e 33% a de feijão, de 2007 até então. Mas, com a seca que se instaurou em 2010, trará redução nos volumes”, enfatizou.
Já o Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural) beneficiou, desde 2007, mais de 139 mil famílias em todo o Estado, e os carros chefes do programa são as ações na área de abastecimento e irrigação e o incentivo à cadeia produtiva da agricultura familiar, envolvendo a piscicultura, apicultura, caprinovinocultura, irrigação e agricultura. Ao todo, foram investidos R$ 86 milhões na estruturação para dinamizar as cadeias.
Outra iniciativa importante, será a construção da usina de leite, que beneficiará produtores ligados a cooperativas leiteiras do Agreste Meridional. A unidade de beneficiamento, que custará R$ 600 mil e processará dez mil litros de leite por dia, visa agregar valor aos produtos e torná-los mais competitivos gerando renda para os produtores.