No Brasil, o consumo de alho apresenta aumento de 4% ao ano, enquanto a área plantada vem reduzindo, por isso, há dependência de importações. “Devido às inúmeras aplicações da espécie e o potencial econômico, o interesse em conhecermos a diversidade de nossas coleções aumenta. Muitos países, como Alemanha, Austrália, Brasil, Chile, Coreia do Sul, EUA e Turquia, possuem bancos de germoplasma, mas somente a partir da caracterização fenotípica e molecular será possível traçar estratégias eficazes para o melhoramento genético da espécie”, afirma Camila Pinto da Cunha, engenheira agrônoma e autora de uma pesquisa recebte sobre a importância do alho entre as hortaliças cultivadas no Brasil.
O estudo foi executado no programa de pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), sob orientação do professor José Baldin Pinheiro. “Desenvolvimento de marcadores microssatélites e caracterização da diversidade genética molecular de acessos de alho”.
O alho é uma das hortaliças mais antigas, usada pela humanidade desde o período Neolítico (5.000 a.C.). Na antiguidade, para indianos, egípcios, gregos, hebreus, russos e chineses a importância do alho era equiparada a do sal, usado na conservação de carnes e cadáveres e essencial na dieta de escravos, além da conotação mística devido à proteção contra doenças e o mal.
Hoje estes poderosos bulbos vêm sendo extensivamente estudados pela ciência. O consumo regular de alho comprovadamente reduz o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, asma e alguns tipos de câncer. Para a agricultura as propriedades antifúngicas, bactericidas e inseticidas podem ser usadas no controle de pragas.