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20Mar2013

Governo destina mais recursos para combate à seca

Os municípios do Interior do Estado atingidos pela estiagem deverão receber pelos próximos dias recursos federais desburocratizados variando entre R$ 400 mil a R$ 1,1 milhão para ações emergenciais de combate à seca. O anúncio, que traz certo otimismo para gestores municipais, foi repassado, ontem, pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), após reunião com diversos prefeitos na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Recife.

De acordo com a medida emergencial anunciada, o dinheiro repassado pelo Governo Federal deverá variar conforme o porte de cada município e virá por meio do Cartão da Defesa Civil, uma espécie de cartão corporativo que ficará com a Comissão de Defesa Civil de cada município. O valor fixado e as cidades que serão beneficiadas serão definidos amanhã, após encontro, em Brasília, entre o ministro, os representantes da Amupe e, provavelmente, a presidente Dilma Rousseff (PT).

Além dessa nova medida, no discurso, o ministro reafirmou que o Governo Federal tem feito ações que já demonstram preocupação com a seca. Como exemplo, o gestor listou as obras das adutoras, o bolsa-estiagem, as obras do PAC e as linhas de crédito emergenciais. Ainda assim, novas medidas devem ser anunciadas em breve para as cidades que não forem beneficiadas neste primeiro momento.

Segundo o presidente da Amupe, José Patriota (PSB), a expectativa é que o volume de recursos para os municípios a ser anunciado ultrapasse o valor do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Menos que o FPM é muito pouco. Esperamos mais”, ressaltou o socialista que vê o pacote emergencial, neste primeiro momento, bem-vindo. “Emergencialmente, para um município que está sem nada, o recurso vai ajudar bastante. Mas outras ações permanentes tem que haver sempre”, alertou Patriota, ressaltando que este será o primeiro recurso extra do Governo Federal destinado diretamente para os municípios no combate à seca.

Para o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), o anúncio oficial dos recursos, amanhã, poderá vir em uma boa hora para a cidade que, além de sofrer com a falta de água nos poços, ainda convive com a escassez de alimentos para o rebanho. No entanto, o petista enfatizou que “é preciso mais ações complementares” para o enfrentamento da seca que, segundo ele, é a pior desde 1915. Já para Genivaldo Menezes (PT), prefeito de Águas Belas, há tempo os prefeitos esperavam pela iniciativa federal. “Vejo isso com boa expectativa porque as ações do Ministério, com as autarquias do Governo do Estado, estavam engessadas e nós prefeitos, de fato, esperávamos por essas ações que não chegavam”.

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