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19Nov2013

Exposição mostra os seus campeões

Final de tarde de ontem, a cabra Jussara do Duarte, da Fazenda Capril Duarte, em Limoeiro, era coroada como grande campeã da raça Toggenburg, na 72ª Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados, que começou no último domingo no Parque de Exposições do Cordeiro. Se estivesse à venda, seria facilmente avaliada em R$ 10 mil. Nascida em 2010, é capaz de duas ordenhas diárias, produzindo seis mil quilos de leite. Se para os leigos a premiação não significa muita coisa, para os donos dos campeões, a valorização pós-título pode chegar a 100% em alguns casos. Os julgamentos deste ano reforçam ainda a tradição pernambucana de seleção e melhoramento genético de bovinos, caprinos e ovinos.

Por ser um Estado caracterizado por pequenas propriedades, a busca pelo animal ideal, mais produtivo e bom reprodutor, sempre teve força na pecuária pernambucana. “Em um período como o que passou, de forte estiagem, manter um animal campeão representa todo um sacrifício, com custos adicionais de alimentação. É um investimento. E ser campeão nesta Exposição, a maior do Norte e Nordeste, representa enorme valorização”, comenta o diretor da Sociedade Nordestina dos Criadores, Francisco Moraes.

Em linhas gerais, ser vencedor de um campeonato significa se tornar o melhor animal da sua geração. A valorização média dos campeões é de 40%. Há ainda um efeito cascata. As crias, tecnicamente conhecidas como progênese, ganham mais pontos no mercado. Sem contar o faturamento com a venda de sêmen, no caso dos machos.

Para os animais de características de corte, ou seja, voltados para a produção de carne, são avaliadas sua ossatura e a composição das “peças” importantes. Na avaliação dos animais de leite, a produtividade pesa na análise. O julgamento é feito de forma comparativa e entre animais da mesma raça e faixa etária.

“O que ocorre em Pernambuco é que já exportamos para Bahia, Maranhão e até Minas Gerais. Eu, por exemplo, já vendi para a Bolívia”, reforça o presidente da Sociedade Nordestina dos Criadores, Emanuel Rocha. O Estado é também exportador de tratadores, os profissionais que acompanham os animais.

Ontem, houve ainda o campeonato para a raça de bovinos Sindi e o início do julgamento para cavalos da raça Campolina. Até o final da Exposição deste ano, no próximo domingo, serão 800 bovinos, 356 equinos e 1.000 ovinos e caprinos avaliados. Para os campeonatos estão presentes técnicos de todo o País, especializados por raça.

Há ainda o concurso leiteiro, que prevê a distribuição de mais de R$ 40 mil em prêmios para os animais de alta produção.

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