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18Set2014

Eucalipto é opção à cana nas encostas

Em Pernambuco, especialmente na zona da Mata Sul, a topografia não é ideal para o corte mecanizado de cana-de-açúcar. O trabalho manual aumenta os custos de produção e colheita. Como alternativa à atividade canavieira nessas regiões de encosta, a cultura de eucalipto pode ser uma opção rentável à indústria sucroalcooleira.

O assunto será apresentado no último dia de programação da Norcana - evento de negócios voltado ao segmento canavieiro nordestino, hoje, às 16h, na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), localizada na Avenida Mascarenhas de Moraes. A palestra é aberta ao público e tem entrada gratuita.

De acordo com consultor e engenheiro agrícola, Shirlan Madeiros, que irá comandar a discussão, o mercado de eucalipto está em ascensão. “É possível utilizar a cultura para diversos fins, como para a geração de energia, celulose para fabricar papel e, ainda, aproveitar amadeira para a indústria moveleira”, listou.

Madeiros garantiu que Pernambuco tem características ideias para a produção do eucalipto: topografia, clima e tipo de solo. Em relação aos custos de implantação, o consultor afirmou que para cada hectare o valor médio de investimento fica em R$ 3,6 mil. “A primeira colheita acontece em seis anos. A segunda no mesmo período. Passados esses dois ciclos, é preciso realizar uma nova implantação”, disse.

Por hectare, é possível colher cerca de 300 metros cúbicos (m³) de madeira no primeiro ciclo. “No pior cenário, o faturamento de produção será de R$ 50 por m³. Em cada hectare é possível faturar R$ 15mil”, contabilizou Shirlan Madeiros.

Durante a apresentação na terceira edição da Norcana, o especialista vai explanar o case da Usina Cachoeira, pertencente ao grupo Carlos Lyra, instalada em Maceió. Lá, a cana-de-açúcar plantada nas encostas está sendo substituídas pelo eucalipto. Dos 13 mil hectares, três mil hectares já estão com a nova cultura Nessa unidade fabril, o eucalipto será utilizado para a geração de energia.

“Na região em que é possível utilizar a colheita mecanizada, a cana continua”. São 8,5 mil hectares de cana-de açúcar, que são destinadas produção de açúcar e etanol “O que seria retirado da encosta será comprado dos fornecedores de cana”, afirmo Madeiros.

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