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27Mai2013

Estado reconhecido como livre da febre aftosa

Em meio aos dramas da pior seca dos últimos 50 anos, que dizimou a agropecuária pernambucana, uma notícia chega para incentivar o ressurgimento do setor. No próximo dia 15 de junho, Pernambuco será oficialmente reconhecido pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como zona livre de febre aftosa com vacinação. Atualmente, o Estado está classificado como risco médio para a doença. O último registro em Pernambuco aconteceu em 1998, no município de Itaiba, no Agreste.

De acordo com a gerente geral da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Erivânia Camelo de Almeida, o reconhecimento deveria ter acontecido desde o último dia 20. “Por incompatibilidade de agenda do ministro (Antônio Andrade, da Agricultura) não foi possível realizar a solenidade de assinatura. Além disso, está sendo aguardado o resultado da sorologia do Rio Grande do Norte, que está sendo analisado no Rio Grande do Sul”, disse.

A espera pelo Rio Grande do Norte, segundo a Adagro, é necessária porque todo o bloco do Nordeste (com exceção da Bahia e Sergipe que já são consideradas zonas livres com vacinação) receberá o título no mesmo decreto. “Será um benefício importante para a atividade econômica no Estado, tendo em vista que, agora, será possível exportar carne e leite”, ressalvou Erivânia.

Mesmo com o reconhecimento na agulha, a gerente da Adagro alerta que o Estado está em plena campanha de vacinação contra a febre aftosa e que ela continuará sendo obrigatória. “O produtor que não vacinar seu rebanho estará sujeito à multa de R$ 60 por propriedade. Em caso de reincidência, o valor sobe para R$ 1 mil”, informou. Por causa da estiagem, as doses das vacinas estão sendo oferecidas gratuitamente. O investimento é da ordem de R$ 4 milhões. “Os prejuízos por causa da estiagem foram muitos, então, a gratuidade é a nossa garantia de que todo o rebanho será vacinado”, afirmou.

A primeira fase da vacinação segue até a próxima sexta-feira, nas zonas da Mata Norte e Sul e no Agreste Setentrional, que compõem a regional de Surubim. A partir do dia 1º de julho, será a vez das outras regiões do Agreste e todo o Sertão. A expectativa da Adagro é de vacinar 1,5 milhão de animais. “Antes da seca, a estimativa era de que 2,1 milhões de animais fossem vacinados”, contabilizou Erivânia Camelo de Almeida.

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