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26Nov2014

Estado paga R$ 2 bi em salários e décimo terceiro

Como vem acontecendo nos últimos anos, o governo do estado anunciou, ontem, a antecipação salarial da folha de dezembro e o pagamento do 13º salário em cota única. Com isso, em menos de 30 dias, somado o depósito do salário de novembro, serão R$ 2 bilhões injetados na economia estadual. Em um momento de instabilidade econômica, a “façanha” só foi possível devido à economia mensal de cerca de 10% das receitas estaduais, desde março.

“Se não fizermos esta reserva, a arrecadação não será suficiente para o pagamento de três folhas em um curto intervalo de tempo. O esforço é no sentido de planejamento, de sermos rigorosos nos gastos até porque precisamos estar de acordo com os limites previstos na lei fiscal”, afirmou o governador do estado João Lyra Neto.

Pelo calendário de pagamento apresentado, até o dia 28 de novembro serão pagos os R$ 730 milhões referentes à folha deste mês. Em seguida, entre os dias 11 e 12 de dezembro, serão depositados os valores referentes à folha de pagamento do 13º salário, cujo valor estimado é de R$ 710 milhões. Por fim, entre os dias 22 e 24 de dezembro será depositada a última folha do mês, R$ 740 milhões.

A liberação é bastante aguardada pelo comércio pernambucano. De acordo com o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife), Eduardo Catão, estudos apontam que 80% desse dinheiro vão para o comércio. “É um pagamento muito esperado. O Natal é a maior época para as vendas. Este foi um ano difícil para o comércio mas acreditamos que o crescimento das vendas deve ser de 4%, em comparação ao mesmo período do ano passado”, ressaltou.

Apesar de um ano fraco em vendas, o consumo foi um dos responsáveis pelo equilíbrio nas contas estaduais. Segundo o secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, a arrecadação do ICMS foi o destaque deste ano e deve crescer 10%. “A nossa receita corrente tem como composição máxima o ICMS e os repasses do FPE. Os dois juntos dão aproximadamente 90% de toda a receita corrente. Só o ICMS é o equivalente a 70%. A arrecadação de um imposto sobre consumo crescer na casa de 10% em um país que vai crescer 0,3% é muito bom”, enfatizou.

Por outro lado, conforme o secretário, o estado não conseguirá cumprir a meta de investimento de R$ 3,7 bilhões prevista para este ano. “Em virtude de questões burocráticas técnicas não foi possível assinar o Programa de Ajustes Fiscais. Não posso ainda dizer o que não foi cumprido e em quanto fecharemos. Os resultados ainda estão sendo fechados”, argumentou.

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