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30Set2011

Cultivo do maracujá do mato pode gerar renda para os produtores do nordeste

Capaz de produzir bem no ambiente quente e seco, e nos mais diversos tipos de solo da região, esta frutífera vem ganhando espaço nas pequenas propriedades rurais do nordeste. A procura por produtos naturais e de sabor exótico tornam o maracujá-do-mato (Passiflora cincinnata Mast.) alternativa de cultivo e de boa renda para os pequenos agricultures.

Para o pesquisador Francisco Pinheiro de Araújo, da Embrapa Semiárido, o aproveitamento da espécie é marcado pelo extrativismo e a subsistência. Mas, afirma Pinheiro Araújo, a fruta tem potencial para se valorizar no mercado, de forma particular se integrada às atividades de pequenas indústrias de beneficiamento e processamento dos frutos em doces, geleias, mousse e sucos.

A fruta nativa, recentemente, foi incluída no catálogo mundial (Arca do Gosto) dos produtos agroalimentares de qualidade que estão em risco de desaparecer, realizado pela Fundação Slow Food para a Biodiversidade. Para ser incluída na Arca, o alimento precisa ter qualidades gastronômicas, ligação com a área geográfica local, ser produzido artesanalmente e de forma sustentável.

A Arca do Gosto descreve o maracujá-do-mato como “um fruto nativo da Caatinga onde ocorre de forma espontânea. O fruto é extremamente saboroso e perfumado, com um sabor persistente, mais doce, mais denso e mais ácido que o do maracujá comum (P. edulis). Tanto o gosto quanto o perfume recordam o mel”.

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