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11Jul2011

Cuidado com a alimentação nas férias

Férias escolares é época de crianças em casa, sem a obrigação de acordar cedo para ir ao colégio, tempo de descansar e brincar. Contudo também é um período perigoso, pois a maioria das crianças ficam em casa ingerindo constantemente alimentos que não são muito saudáveis como biscoitos, sanduíches tipo hamburguer e sorvetes. Segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 70% das crianças voltam para o segundo semestre escolar com alguns quilos a mais. A preocupação dos especialistas é compartilhada pelos pais, que por vezes, não sabem como manter os filhos numa dieta saudável em um período tão propício ao relaxamento na alimentação.

“Sair da rotina faz parte das férias, mas é necessário tomar cuidado para não alterar a saúde da criança, deixando que ela coma “bobagens” todo dia e a qualquer hora”, conta a nutricionista Cristiana Menezes, que trabalha com alimentação infantil há 15 anos. Para ela, determinados alimentos que são liberados para a criança nos finais de semana, são consumidos quase todos os dias no período de férias, por conta da falta de uma atividade que a mantenha fora de casa.

Opções de alimentos como salgados de queijo, biscoitos integrais, bolos caseiros, pipoca e um boa diversidade de frutas, ajudam a manter o tradicional lanche da tarde com uma base mais saudável. Mesmo se a preferência das crianças ficar entre os biscoitos recheados e batatas do tipo chips, evite, pois eles não saciam a fome além de não acrescentar nada de nutritivo. Na hora do almoço, o conselho é não deixar que o feijão não saia do cardápio, pelo fato de conter muito ferro e de saciar a fome ao contrário de macarrões instantâneos, que hoje em dia são um dos pratos mais pedidos pelas crianças, mesmo tendo um alto nível de sódio.

“É importante que o café da manhã seja mantido, pois ele é a refeição mais importante do dia. Procure manter uma rotina diária e crie uma dieta para os pequenos não saírem de forma. Evite refrigerantes durante a semana, além de outros alimentos que sejam muito gordurosos”, explica a nutricionista.

Um dos fatores que chamou a atenção de Cristiana é a aparição da diabetes do tipo adulto em crianças com menos de dez anos, detalhe que, segundo ela, não ocorria há dez anos. “Foram criados uma gama de alimentos que não contribuem em nada com a nutrição das crianças. Devemos ter cuidado e ficar de olho com tudo que o nosso filho está consumindo”, completa.

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