Ceasa Pernambuco

Mercado

07Ago2011

Comerciantes são abastecidos por outros Estados

A lembrança dos morangos “made in Gravatá” percorre a BR 232. Na época de chuvas, logo aparecem as barracas com a fruta, ao longo da rodovia. Eles também invadem os sinais de trânsito do Recife e os supermercados. Mas quase tudo o que está ali vem de outros Estados. Na BR, a vendedora Daiane Herlane, 20 anos, conta que gosta mesmo é dos morangos “importados”. Os que ilustram a foto ao lado vieram de Minas Gerais. “A produção aqui quase não tem. Vendo morango o ano todo porque a gente manda buscar fora”. Cada bandeja “importada” custa R$ 5 e a do produto local sai a R$ 2,50.

Em um final de semana, Daina chega a apurar R$ 700. No período da Semana Santa é um sucesso. “Tenho que buscar mais em casa!”, comemora. A agricultora Ana Paula, 30 anos, na foto ao lado direito, lembra da época boa dos morangos. Seu pai, o agricultor Paulo Honorato, trocou, há uma década, a plantação de morango pela de chuchu e de flores. “O cultivo do morango é mais sensível, requer mais cuidados”, conta Ana. Ela auxilia a família agora com os crisântemos, tirando as folhagens secas, galho por galho. Depois, ajuda a embalar. “A gente vende para funerárias e floriculturas de Gravatá”. Apura R$ 500/mês.

Gravatá é a segunda maior produtora de flores temperadas no Nordeste e maior produtora de flores de Pernambuco. O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, Aarão Lins Neto, também produtor de crisântemos, afirmou que a prefeitura ainda não fez uma estimativa do volume de vendas para este ano. Mas assegurou que a atividade segue como um dos principais negócios do município. “Gravatá tem cerca de 30 hectares de estufa”.

A produção do município corresponde aproximadamente a 95% das flores temperadas que são comercializadas no Ceasa-PE. São mais de 900 toneladas de flores por ano. Ainda assim, o Estado ainda importa algumas espécies. “O volume comercializado em Gravatá não suporta. Então, compra-se fora”, explica Aarão Lins.

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