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14Out2011

Chineses de olho nas frutas do Vale

Xangai (China) – O brasileiro não fala mandarim, mas certamente o aprendizado da língua oficial do país chinês já está nos planos de nossos empresários. E Pernambuco, estado que mais cresce no Brasil, não perde a chance de ampliar o mercado com os colegas orientais. Exemplo? Os chineses estão de olho no Vale do São Francisco, em Petrolina. Sim, querem investir nas frutas do Sertão pernambucano. A conversa é antiga, mas os negócios podem ser fechados esta semana.

Começou oficialmente ontem a Missão Empresarial Brasil China 2011, promovida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE). Até o próximo dia 29, cerca de 80 empresários pernambucanos da iniciativa privada prospectam abertura de mercado e oportunidades nas cidades de Xangai, Cantão, Hong Kong e Pequim, na China. Oportunidades estas que envolvem diversos setores da economia do estado, incluindo o agronegócio regional.

Nas rodadas de negócios, que fazem parte do evento estão agendados encontros com empresários chineses que, aliás, estiveram em Petrolina durante a Feira Nacional de Agricultura Irrigada – Fenagri 2010 –, em julho do ano passado, a fim de conhecer os negócios da agricultura local, já em resposta às missões anteriores organizadas pela Fecomércio-PE àquele país. “Ainda não posso relevar quem são esses investidores, mas querem produzir as frutas em solo pernambucano para levar à China”, adiantou Josias de Albuquerque, presidente da federação. Atualmente, os produtos do Vale do São Francisco entram no mercado europeu através do Porto de Roterdã, na Holanda, de onde são levados para outros países.

O agronegócio pernambucano está na prateleira exposta ao mundo, mas diversos outros segmentos da economia do estado também estão na lista de setores potenciais para novas conversas com os chineses. A Fecomércio-PE, que realiza o evento em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e Sebrae-PE, visita o país chinês pela terceira vez. E faz todo sentido. Trata-se da nação cuja economia é a que mais cresce no mundo, passando, nos últimos 30 anos, de um sistema de planejamento centralizado e, de certa maneira, fechado ao comércio internacional, para uma economia de mercado socialista, com as portas abertas ao mundo. E as frutas do Sertão pernambucano são apenas alguns de nossos produtos que podem ser inseridos neste contexto.

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