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Mercado

08Mai2012

Cesta básica teve alta anual de 10,8%

Em um ano, os recifenses foram os que mais sentiram no bolso o aumento no preço da cesta básica no País. Das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a de Pernambuco foi a que apresentou maior variação, de 10,86%, no preço dos 12 itens considerados essenciais para alimentação em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. No total, a cesta custou no Recife R$ 223,97, contra R$ 202,03 em 2011. Na comparação mensal, ante março, a elevação foi pequena (0,39%). Já nos quatro meses de 2012, o aumento é de 3,69%.

O feijão foi o principal responsável pela alta nos últimos 12 meses no Recife. Levar para casa 4,5 quilos (kg) do grão exigiu R$ 26,42 do trabalhador, valor 70,67% maior que os R$ 15,48 registrados em 2011. A alta no preço do feijão ocorreu também em Fortaleza (19,52%), São Paulo (13,56%), Belém (12,96%) e Goiânia (10,30%).

O cenário de abril de 2012 é inverso ao do mesmo mês em 2011, quando, com preços bem mais baratos, os produtores de feijão chegaram a reduzir áreas de plantio e, com isso, diminuir a oferta do produto no mercado para que os valores não caíssem ainda mais. Neste ano, os preços subiram por conta da seca que atingiu safras importantes do Brasil.

O café também apresentou forte alta no Recife no período de um ano, de 27,69%. No geral, dos 12 itens, dez ficaram mais caros na capital pernambucana. O tomate (-14,07%) e o açúcar (-10,09%) foram os dois produtos que fugiram à regra.

O preço mais alto da cesta básica foi encontrado em São Paulo, onde os produtos custaram em média R$ 277,27, seguida por Porto Alegre (R$ 268,10), Manaus (R$ 267,19) e Vitória (R$ 262,14). Os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 192,52), João Pessoa (R$ 216,95), Salvador (R$ 217,92) e Fortaleza (R$ 218,87).

Na variação mensal, a cesta básica aumentou de valor em 15 das 17 capitais apuradas. A maior alta dos preços foi em Manaus, que registrou um aumento de 3,80% em relação ao observado em março. Fortaleza ocupa o segundo lugar, com expansão de 3,54%, seguida por Natal (2,93%) e Salvador (2,84%). Somente no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte ocorreram retrações. Para os cariocas, a queda foi de 1,83%. Na capital mineira, a diminuição foi de 0,82%.

Considerando os preços de São Paulo – capital mais cara do levantamento –, o instituto ressaltou que seriam necessários R$ 2.329,35 como salário mínimo para que um trabalhador obtenha todos os itens de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O valor corresponde a 3,74 vezes o salário mínimo em vigor, de R$ 622.

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