O custo da cesta básica no Recife aumentou 3,32% no mês de janeiro, o que representa um gasto de R$ 7,17 a mais para o consumidor. Foi a quarta maior alta de preço entre as 17 capitais brasileiras analisas pela pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No somatório dos últimos 12 meses, o aumento é de 8,94%, ou R$ 18,31. Dos 12 produtos que compõem a cesta, nove apresentaram elevação: a maior foi a do feijão, de 22,92%. A lista tem ainda farinha de mandioca (5,22%), leite (5,06%) e tomate (4,02%). Apenas açúcar (-1,87%), óleo de soja (-0,91%) e arroz (-0,55%) tiveram queda de preço.
Entre as capitais pesquisadas, Brasília teve a maior alta, de 4,72%. João Pessoa (3,90%), Florianópolis (3,51%) e Rio de Janeiro (3,35%) vieram em seguida. Houve redução no valor da cesta básica em Porto Alegre e em Vitória, com quedas de 0,81% e 1,54%, respectivamente.
No Recife, em termos anuais, houve uma elevação no custo do conjunto itens que compõem a cesta básica, com destaque para o feijão carioquinha (38,37%), o café (31,74%), a manteiga (18,73%), a farinha (14,41%), o leite (13,18%) e a banana (11,18%). Os demais itens registraram elevações, em alguns casos bastante expressivas, tais como o tomate (31,82%), o café (25,51%) e a manteiga (23,04%). Também merece destaque a elevação registrada nos preços do óleo de soja (9,70%), farinha de mandioca (8,73%), leite (8,22%) e açúcar (8,08%). Registrou-se declínio nos preços médios tomate (8,12%) e do açúcar (3,67%).
Para uma família composta por dois adultos e duas crianças, o valor da cesta foi de R$ 669,48, aproximadamente 1,08 salário mínimo. “Para garantir o alimento e os demais itens previstos na Constituição Federal, o salário mínimo deveria ser de R$ 2.398,82, ou seja, 3,86 vezes o mínimo em vigor de R$ 622”, aponta. “Isso acaba gerando um auemnto da procura por atividades informais e a entrada precoce de jovens no mercado de trabalho, para compor a renda familiar”, analisa. Em janeiro de 2011, a cesta básica custava R$ 204,85 e comprometia 41,23% do salário mínimo líquido vigente então, de R$ 496,80.