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07Ago2012

Cesta básica ficou 11,8% mais cara

O preço dos alimentos continua pressionando a inflação. O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que houve elevação do custo da cesta básica nas 17 capitais pesquisadas. No caso do Recife, comprar comida no supermercado ficou 2,68% mais caro em julho em relação a junho. No ano, o custo está 10,03% superior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, está 11,81% mais caro ir à feira.

Entre os produtos com maior elevação estão o tomate (22,73%), a banana (7,11%), a manteiga (5,87%) e o leite (2,92%). Já os destaques nas quedas foram o feijão (3,95%), o açúcar (3,74%) e a farinha (2,14%). O tomate está em período de entressafra, o que provoca uma diminuição na oferta e eleva o valor final do produto.

A técnica do Dieese, Milena Prado, lembra que na região Nordeste o item sofreu uma diminuição da oferta em junho, além de uma demanda originada do Sul e Sudeste no mesmo período. Esses fatores, somados à ausência de fortes chuvas podem ter influenciado no preço passado ao consumidor.

Sobre a diminuição no custo do feijão, Milena afirma que um maior estoque no mercado pode ter levado à variação desse item, mas destaca o aumento no preço do produto em outras regiões. “O feijão subiu em oito das 17 capitais pesquisadas e reduziu em nove, portanto a diminuição não é uma especificidade do Recife”, declarou a técnica do Dieese.

O balanço revelou que a carne passa por um período de baixa em quase todo o País, quando apresentou quedas nos preços em 15 cidades, por causa das chuvas abundantes. Mas no Recife, pode-se observar que a diminuição não é significativa (recuo de 1,42%). Milena Prado também recordou que a pecuária tem sofrido as consequências da estiagem, deixando os pastos mais secos, situação refletida no leite e na manteiga, que sofreram aumento de custo.

No Brasil, as cidades que sofreram as maiores altas foram Belo Horizonte (8,41%), Rio de Janeiro (7,50%) e Porto Alegre (7,03%). João Pessoa e Manaus registraram as menores taxas de elevação, 1,61% e 1,95%, respectivamente.

No Recife, para comprar a cesta básica, o trabalhador precisou dispor de R$ 237,66, o que corresponde a 41,53% do salário mínimo líquido, abaixo da média nacional de 45,85%.

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