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05Fev2011

Cesta básica cai no Recife

Recife (-0,32%), Curitiba (-2,79%) e São Paulo (-1,47%) foram as únicas capitais que sofreram redução no custo total da cesta básica em janeiro. Dentre as demais, a maior elevação foi registrada em Brasília (9,41%), seguida por Fortaleza (5,25%) e Aracaju (3,91%). No Recife, metade dos 12 produtos pesquisados apresentaram redução, com destaque para o feijão (27,29%, a maior do Brasil), banana (6,39%), carne (3,7%) e arroz (2,51%). Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pela pesquisa, o que justifica o preço do feijão é a entrada no mercado da safra de fim de ano. Mesmo com a redução no mês, o produto marca como uma das maiores elevações em termos anuais, com quase 40%.

Foram observadas elevações no preço médio do tomate (49,24%), do açúcar (10,10%), da manteiga (4,38%) e do óleo de soja (3,34%). As fortes chuvas que ocorreram nas regiões produtoras, além de prejudicar a qualidade do fruto, elevaram os custos de transporte do produto. A farinha de mandioca apresentou estabilidade no custo médio em relação a dezembro do ano passado, R$ 2,29 o quilo. Ainda comparando ao mês anterior, a jornada de trabalho exigida em janeiro/11 para comprar os produtos que compõem a cesta básica foi de 83h27m, cerca de cinco horas a menos.

O trabalhador do Grande Recife, que recebe um salário mínimo líquido (descontado a contribuição previdenciária), gastou R$ 204,85 com despesas de alimentação, comprometendo 41,23% da sua renda, restando 58,77% para serem gastos com os demais itens previstos no Art. 7º Inciso IV da Constituição (moradia, educação, transporte, saúde etc). O ideal, segundo o estudo, seria R$ 2.194,76, o que corresponde a 4,06 vezes o mínimo em vigor, de R$ 540. Em janeiro de 2010, a cesta custava R$ 172,29 e comprometia 36,72% do salário mínimo líquido com este tipo de despesa.

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