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17Mai2012

Canaviais de Pernambuco sofrem com a seca e os prejuízos podem aumentar

As usinas localizadas na zona da mata de Pernambuco já começam a sofrer com o problema do ciclo de vida dos canaviais. A seca começa a atingir o tempo de vida da planta da cana de açúcar. Cada planta vive seis safras em média, porém, com a significativa escassez da chuva, ela está morrendo antecipadamente, ampliando os problemas do setor sucroenergético.

Segundo o levantamento dos técnicos no setor, o estado já tem perdas confirmadas de boa parte da safra desde ano, promovendo um prejuízo de R$ 600 milhões. A falta de chuva em Pernambuco, segundo monitoramento tecnológico já apresenta um déficit de chuva em abril, de mais de 80% na região canavieira, conforme revela os dados da Agência Pernambucana de Água e Clima. A gravidade ainda é maior na Mata Norte, que choveu apenas 7% da média do período, enquanto que na Mata Sul, precipitou somente 25% do esperado historicamente.

O maior problema enfrentado pelos canaviais pernambucanos é que em diversas áreas os canaviais secaram até a morte, sobretudo, na Mata Norte, onde chove menos historicamente. Em Lagoa de Itaenga, por exemplo, choveu apenas 7 milímetros quando a média é de 242mm. “Com o impacto negativo na safra, como o produtor investirá na renovação antecipada do canavial”, questiona Andrade Lima, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco.

Como também não vem chovendo em maio, aumentando o prejuízo para o setor canavieiro. A primeira estimativa de perda divulgada pela AFCP era de 20% da safra, porém, a entidade já fala em 30% de redução. “Será um desastre na economia das cidades do interior”, conta Lima. Ele informa que cada mil toneladas de cana perdida, corresponde a seis desempregados diretos no campo. A redução de mão de obra também ocorrerá nos parques indústrias das usinas, pois com a falta da matéria-prima, a moagem começará mais tarde e terminará mais cedo.

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