Ceasa Pernambuco

Mercado

04Out2013

Café da manhã mais pesado

O café da manhã pesou mais no bolso do recifense em setembro,aponta pesquisa mensal de preços da cesta básica do Dieese. Segundo a entidade, leite, pão e manteiga – dentre os 13 itens pesquisado – tiveram as maiores altas na capital pernambucana.

Para o preço da cesta em conjunto, a variação se manteve em relação a agosto. Em 12 meses, no entanto, a cesta básica já ficou mais cara quase 13%. Recife é a capital com a segunda maior alta entre as 18 cidades onde é feito o levantamento mensal.

No quadro ao lado, é possível ver os diversos aspectos dos números da pesquisa: os preços de setembro, no Recife, foram praticamente iguais aos de agosto, mesmo com as altas do pão, do leite e da manteiga. Isso porque quedas como a do tomate (-13,21%) e do feijão (-9,29%) fizeram o equilíbrio na cesta.

Quando consideradas outras comparações de tempo, o resultado do Recife não é tão animador. Entre janeiro e setembro deste ano, os valores do grupo básico de alimentos subiram 8,63% em relação ao mesmo período de 2012, quinta maior alta dentre as 18 capitais. Se o intervalo for estendido para os últimos 12 meses, o peso no bolso é mais dolorido: alta de 12,9%, percentual que fica abaixo somente do que foi acumulado em Salvador, de 17,66%.

Na avaliação do gerente de Informação de Mercado Agrícola da Ceasa-PE, Marcos Barros, o fator climático foi o principal fator para as oscilações de preço.

As baixas no preço do tomate, por exemplo, vieram do aumento da oferta, devido à volta das chuvas nas regiões produtoras. A caixa de 25 quilos do vegetal está custando em torno de R$ 18, abaixo da marca histórica de R$ 20emuito distante do pico de mais de R$ 60 que alcançou há alguns meses. Movimento semelhante ocorreu com o feijão: a recuperação das plantações aumentou a disponibilidade e regulou o preço. Em itens como leite e pão – neste caso, sinônimo de trigo mais caro – as alterações do clima pesam não apenas no Brasil mas também em outros países. Barros lembra que, além de Pernambuco não produzir todo o leite que consome, a importação também foi afetada. “No caso do leite, essa entressafra deve durar até o próximo mês”, comenta.

Notícias