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11Nov2011

Aquicultura brasileira é setor em crescimento

Manejo, boa nutrição e produção em tanques-rede, linhas de financiamento e descontos em energia elétrica para a piscicultura assim como a linhas de financiamento e descontos em energia elétrica para a piscicultura, são ações que irão permitir um desenvolvimento importante para a produção de peixes no Brasil.

Para o chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Fernando Mendes Lamas, Mato Grosso do Sul pode ser um dos grandes produtores de peixe do Brasil, em breve, especialmente em função do sistema de produção em tanque-rede. “Tanto a Embrapa Agropecuária Oeste quanto a Embrapa Pantanal desenvolvem atividades de pesquisa com vistas a dar sustentabilidade a essa atividade que tem grande potencial”, afirma.

As perspectivas e oportunidades na aquicultura passam pela criação de tilápia em tanque-rede e de peixes nativos. “Em pouco tempo estaremos produzindo e exportando os peixes nativos, principalmente Tambacu, Pacu e Pintado. Mas o setor produtivo precisa organizar e ter foco, porque está perdendo muitas oportunidades.”

A pesquisadora, líder do Aquabrasil e chefe-geral da Embrapa Pantanal, Emiko Kawakami de Resende, enfatizou que, por meio do Aquabrasil, está sendo possível trabalhar com quatro importantes espécies para o Brasil: a tilápia e o camarão nacionalmente, e a cachara e o tambaqui, regionalmente. Com a idéia de cadeia produtiva, são trabalhados aspectos que vão desde o melhoramento genético, a nutrição, a sanidade, o manejo até o aproveitamento agroindustrial. “Brevemente, teremos as primeiras linhagens melhoradas: o tambaqui possivelmente no próximo período reprodutivo e a cachara daqui um ou dois anos. Isso é um avanço extraordinário em termos de pesquisa com piscicultura de espécies nativas do Brasil”.

A pesquisadora Aline Brun, do Projeto Pacu, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, diz que o Pintado Real, pode ser o novo peixe para produção em corte, pois se apresenta superior ao pintado. Entre as vantagens, foram destacadas características como fácil criação, crescimento rápido, nenhum grau de canibalismo, maior rendimento de carcaça e reduzido tempo de cultivo.

Para as boas práticas de manejo na aquicultura, enfatizamos a boa qualidade do solo, da água e o bom manejo nutricional, visando o bem-estar animal, a fim de diminuir o estresse. “É necessário, além do manejo, ter uma boa gestão da piscicultura, desde o produtor até a indústria, da fase de reprodução até a comercialização, sempre buscando a produção sustentável”, disse.

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