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05Fev2014

Aprendendo com a seca

Nas últimas décadas o Brasil quadruplicou a produção agropecuária. Hoje, o país é um dos três maiores produtores de alimentos do mundo e as exportações dos agronegócios livraram o Brasil de um déficit monumental na balança comercial. Vários fatores contribuem para os números auspiciosos. Mas, a ocupação de novas fronteiras agrícolas, incluindo o Vale do São Francisco, a permanência de quem teima em ficar em suas próprias raízes e as pesquisas desenvolvidas por técnicos brasileiros da Embrapa, lideram as conquistas.

Foram esses enraizados pioneiros, muito deles migrantes em seu próprio país ou empreendedores de várias procedências, que proporcionaram extraordinário aumento no consumo de proteínas pelos brasileiros, virando páginas da história da penúria extrema que chegou a transformar gerações de nordestinos em homens guabirus, identificados e estudados pelo respeitado cientista pernambucano Nélson Chaves.

São capítulos de superação, escritos em verde e amarelo incluindo tecnologias desenvolvidas em várias frente pela Embrapa. No semiárido é a confirmação de que a seca é fenômeno cíclico e permanente. Mas faz renascer a esperança de que a grande mudança sempre começa pela capacidade de superação da nossa gente.

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