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13Jul2011

Alimentos ficam mais caros

CESTA BÁSICA Segundo o Dieese, custo dos produtos subiu 2,88% no mês de junho. Recifenses pagaram R$ 5,98 a mais pelos alimentos

Os alimentos estão levemente mais caros pelo segundo mês consecutivo no Recife. Entre maio e junho de 2011, o custo dos produtos que compõem a cesta básica subiu 2,88%, ficando R$ 5,98 mais caro. A alta não ficou restrita à capital pernambucana. Das 17 localidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), somente cinco apresentaram queda no valor da cesta, com destaque para Florianópolis (4,44%), Fortaleza (3,64%), João Pessoa (3,02%) e Recife (2,88%).

O preço da cesta para os recifenses atingiu, em junho, R$ 213,64, comprometendo 42,61% do salário dos trabalhadores. A média nacional ficou em 47,47%. No mesmo período de 2010, a cesta custava R$ 208,79, comprometendo 44,50% do salário mínimo vigente. Ainda segundo o Dieese e considerando o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para as despesas da família com alimentação, transporte, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, a remuneração em junho deveria ter sido de R$ 2,297,51.

No mês passado, quem faz a feira da casa no Recife deve ter sentindo no bolso o aumento de produtos como tomate (18,14%), banana (6,91%), leite (1,87%), manteiga (1,79%), que tiveram os preços alterados em função, sobretudo, de questões climáticas. Já arroz (1,63%) e feijão (1,12%) – que, sozinho, compõe 26,97% da cesta – ficaram mais baratos. De acordo com supervisora técnica do Dieese em Pernambuco, Jackeline Natal, “o preço do feijão deve continuar caindo”. Já em relação à carne, ela diz que o embargo ao produtos brasileiro imposto pela Rússia ainda não trouxe reflexos mais concretos.

Em termos anuais, no entanto, a redução acumulada no preço do feijão (-26,97%), arroz (-9,81%) e banana (-4,90%) não foi suficiente para compensar as altas do óleo de soja (33,20%), carne (16,99%) - 29 a 30% da cesta, café (12,81%), manteiga (5,40%), e pão (5,39%), que resultaram numa elevação total de cesta básica de 2,32%, ou seja, R$ 4,85.

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