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21Jun2013

Alimentação controlada para o bem-estar no São João

Isabel Barros se dá ao direito de apreciar todos os quitutes juninos no seu menu de São João / Felipe Ribeiro / JC Imagem

Isabel Barros se dá ao direito de apreciar todos os quitutes juninos no seu menu de São João

Felipe Ribeiro / JC Imagem

É difícil resistir à tentação dos bolos de pé de moleque e Souza Leão, das pamonhas e canjicas, ofertadas a granel no período junino. Facilmente, ocorrem excessos gastronômicos no período, capazes de aumentar o peso na balança, como quem vai ali e volta.

Além disso, para quem curte as festas, o perigo alimentar é acentuado: os quitutes vendidos nos arraiais podem estar contaminados, devido à exposição ao ar. Atraente e belo, o banquete faz a boca salivar, mas é preciso ter muito cuidado antes de se jogar na doce e calórica farra junina.

A servidora pública aposentada Isabel Barros, por exemplo, se dá ao direito de apreciar todos os acepipes em seu cardápio de São João. “Exceto o bolo de pé de moleque, que não gosto muito”, diz ela. Mas, para isso, Isabel tem dado muito gás nos exercícios físicos. “Faço pilates e basquete. Não vou faltar um exercício, porque já sei como sou: abro para todas as comidas”, conta.

Durante os dias da farra gastronômica, ela pretende fazer exercícios na bicicleta para compensar os excessos, mas não vai economizar nos pratos juninos. “Tento moderar nos bolos, mas é difícil. Antes eu comia duas espigas de milho, agora só como uma”, compartilha, como se a dieta passasse a ser bem mais light com a pequena mudança.

É que as espigas de milho são justamente os petiscos mais lights do menu, seguidos pela canjica, pamonha e pelos bolos. Se a ideia é optar pelo prato junino hors-concours em gordura, escolha o menor dos males: o bolo de milho. “São os que alimentam mais e engordam menos. Já o pé de moleque é mais calórico, seguido pelo Souza Leão, que é o mais gordo de todos”, detalha a nutricionista Graça Albuquerque.

Para preparar o corpo para as extravagâncias, a nutricionista recomenda o uso prévio de cápsulas de ômega 3, que ajudam o organismo a quebrar células de gordura, ou o consumo preventivo de farinha de feijão branco, que retarda a absorção de açúcares brancos. “O ideal é consumir uma dessas substâncias antes dos excessos da noite, após o almoço”, aconselha a especialista.

A nutricionista Tharciana Cavalcante aconselha a prática da lei da compensação no dia anterior, reduzindo a quantidade de carboidratos das refeições. No dia seguinte, a dica é beber muita água e chás desintoxicantes, como o verde, de cavalinha e chapéu de couro.

CUIDADOS

Além dos perigos engordativos da culinária junina, é importante estar antenado nos alimentos vendidos nas festas. Os aparentemente deliciosos salpicão, salsichão e queijo coalho podem estar contaminados com bactérias. O primeiro, por ter passado por muitos processos de manipulação, é mais suscetível à proliferação de bactérias.Já o segundo fica muito exposto ao ar e o último é suscetível à presença de coliformes fecais, por isso deve ser bem tostado.

Também vale a pena checar se a pessoa que prepara o alimento não é a mesma que recebe o pagamento do público. Como todos sabem, notas e moedas são manipuladas constantemente e não devem, em hipótese alguma, entrar em contato com os alimentos, mesmo que indiretamente. Esses pequenos cuidados são a garantia de uma festa cheia de saúde e bem-estar, até porque só dá para dançar forró com muita energia nos pés.

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