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13Jul2011

Agroecologia ganha espaço

Prática ainda associada ao cultivo de subsistência e muitas vezes confundida com a produção orgânica, a agroecologia tem ganhado espaço em feiras de bairros em vários municípios pernambucanos. Além de não utilizar agrotóxicos, uma das características é o cultivo consorciado de frutas e hortaliças e o estímulo à economia solidária – na qual o lucro não é um fim.

Os recifenses puderam conhecer mais sobre a produção agroecológica de Pernambuco ontem, numa feira montada em frente ao Mercado de São José, no Centro, pela organização não-governamental Centro Sabiá, que reuniu 450 agricultores para comercializar e divulgar seus produtos.

Segundo Carmo Fucks, coordenador pedagógico do Centro Sabiá, a agroecologia é a opção de cultivo de mais de 30 mil famílias de agricultores familiares no estado, que comercializam seus produtos em feiras e fornecem para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal.

João José de Souza, mais conhecido como João Miró, de Bom Jardim, utiliza a produção agroecológica há 10 anos e vende atualmente na feira do bairro de Boa Viagem, no Recife, aos sábados. “Além de melhorar a qualidade de vida, com a agroecologia a gente eliminou o atravessador e consegue uma renda mais digna. Antes a gente trabalhava, mas vendia os produtos por um valor muito baixo e mal conseguia sobreviver”, conta João Miró.

A feira agroecológica é um dos eventos do Encontro Estadual de Agricultores e Agricultoras Experimentadoras, parte das comemorações dos oito anos do Centro Sabiá. A entidade trabalha dando assistência a mais de 2 mil agricultores em Pernambuco. A programação prossegue hoje, num encontro da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), onde produtores de vários estados nordestinos trocarão experiências.

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