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12Dez2014

Agricultura puxa alta do PIB pernambucano

A despeito da atual situação macroeconômica nacional, a economia pernambucana tem um arrefecimento mais brando. Ao menos no indicativo do Governo do Estado, através dos dados apurados e divulgados pela Agência Condepe/Fidem, que aponta alta de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual no terceiro trimestre (cujo valor estimado é de R$ 35,5 bilhões no período) e 2,8% no acumulado do ano. O resultado é influenciado pela agricultura após o período de seca. O PIB nacional ficou negativo: -0,2.

No crescimento da indústria pernambucana, de 4,7%, a atividade de serviços industriais de utilidade pública (SIUP) teve o maior destaque, com alta de 25%. O desempenho se deve à ampliação da geração de energia elétrica a partir de térmicas, que de julho a setembro teve um aumento de 120%. Ao lado, a indústria de transformação também teve resultado positivo de 1,4%. O índice negativo (-4,5%) ficou com a construção civil. A queda já era esperada devido à desativação e entrega das principais obras no Complexo de Suape e obras paralisadas por governos estaduais e municipais. De acordo como diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da agência, Rodolfo Guimarães, a atividade, nos últimos dez anos, triplicou o número de empregos em Pernambuco e sua participação no PIB passou de 5 para 9. Segundo o presidente da Federação da Indústria de Pernambuco (Fiepe), Jorge Côrte Real, a construção civil tem a vantagem de se recuperar rapidamente. “Os investimentos no setor não precisam de tempo de maturação, já começa logo a empregar”, disse.

A principal alavanca do PI estadual é a agropecuária, que se recupera da seca e registrar alta de 8,7%, na comparação com o mesmo período de 2013. No caso das lavouras permanentes, a alta de 3,8% tem contribuição principalmente da banana, da manga e da uva. Já a lavoura temporária vem coma recuperação do milho, fortemente castigado pela estiagem, com crescimento de 192%. Na pecuária, a elevação (1,7%) foi principalmente influenciada pelas aves e pelo leite. Na área de serviços, o resultado negativo fico com o comércio (-0,5%), salvando-se apenas o varejo (co ínfimo crescimento de 1%) enquanto atacado (-1,7%) e autônomos (-4,3%) sofrera baixas. “Quando as expectativas estão ruins, e estão, e quadro de crise, o consumo fica contido”, justificou.

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