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17Out2011

Agricultura irrigada vai receber R$ 963 milhões

Alvo de projetos de agricultura irrigada, a microrregião de Itaparica está recebendo estudos de pré viabilidade para o Projeto Petrolândia/Tacaratu, que pretende contemplar sistemas de adutoras para retirar água do rio São Francisco e levá-las para áreas de plantio próximas à beira do lago de Itaparica. O investimento total soma R$ 963 milhões para quase 30 mil hectares produtivos. De acordo com o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, cada hectare custa R$ 32 mil.

O estudo foi feito para identificar novas áreas próprias para a prática de agricultura irrigada. Os resultados mostram que o clima quente e seco, aparentemente impróprio para atividades agrícolas em regime de sequeiro, são perfeitas para a produção de agricultura irrigada, onde a água do rio é desviada para uma área mais alta e, a partir daí, a irrigação é feita por gravidade. “Pretendemos assentar pequenas, médias e grandes propriedades de frutas e grãos”, informa Ramos, apontando que serão abrigadas 1,2 mil famílias nesse perímetro. “Esse projeto pode gerar 50 mil empregos diretos”, acrescenta.

A proposta ainda não possui aprovação. Caso obtenha o aval do Governo Federal, “será o maior projeto do Brasil”, garantiu Ramos. “O ingresso do Projeto Petrolândia/Tacaratu na economia pernambucana permitirá que o Produto Interno Bruto (PIB) da agricultura irrigada, concentrada em poucos municípios do Vale do São Francisco, se aproxime a 90% do PIB agrícola do Estado”, estima. O secretário executivo de Agricultura Familiar de Pernambuco, Aldo Santos, diz que o projeto é grandioso, mas que ainda está em fase de teste e análise. “Existe, sim, a possibilidade, mas ainda não há garantia. É preciso muito estudo para não haver problema de drenagem”, ressalta. Santos informa, ainda, que os resultados advindos da aprovação do projeto ainda não foram discutidos com a população e os agricultores envolvidos. “Ainda não podemos garantir nada a eles”, justifica.

O projeto foi apresentado para o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, que, até o fechamento dessa edição não nos deu retorno sobre viabilidade e possível aprovação do projeto.

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