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29Set2014

Agricultura está se recuperando

O cenário de devastação eixado pela pior seca dos últimos 50 anos, no Nordeste o País, começa a ser modificado, mesmo que a passos lentos, no Interior de Pernambuco. A recuperação das principais culturas produzidas no estado começou a impactar s números do Produto Interno Bruto (PIB) local. O volume e chuva registrados no período úmido foi o grande indutor ara o início do soerguimento, que, embora ainda distante, já acende uma luz verde ara o setor.

Apesar de não ser responsável por impulsionar o PIB este primeiro semestre (indústria e serviços ficaram om esse papel), a agropecuária ganhou destaque. Nesses primeiros seis meses do ano, o setor registrou crescimento de 27,5%, enquanto que em todo 2013 o desempenho ficou em um tímido percentual de 4,9%.

“É um resultado favorável, que interrompe a longa trajetória de seca”, avaliou o diretor-presidente da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco (Condepe/Fidem), Maurílio Lima.

As culturas de milho, feijão e mandioca contribuíram positivamente para o resultado das lavouras temporárias. Em grande medida, esse crescimento decorreu da recuperação de lavouras temporárias da área de sequeiro. A safra de milho fechou o período com incremento de produção na margem de 269,4%, a de feijão com 102,1% e a de mandioca registrou aumento de 15,3%.

Nas culturas permanentes foram os incrementos nas culturas da banana (9,6%), manga (5,5%), maracujá (2,4%) e uva (3,5%) que mais influenciaram nos resultados. “Os números causam impacto, mas temos que convir que estamos vindo de bases extremamente baixas”, informou Lima.

A cana-de-açúcar, por sua vez, que tem peso de 65,1% no PIB local não demonstrou aumento expressivo. A cultura fechou o semestre com 1% de crescimento. “Se a cana tivesse obtido maior incremento, certamente o peso da agropecuária no PIB do Estado seria maior do que o registrado”, disse Lima.

É por isso que o executivo defende investimentos em outras culturas para que o setor passe a ter pesos maiores. Segundo ele, cada peso de 5% representa 1 ponto percentual na soma das riquezas de Pernambuco.

Em relação à bovinocultura houve crescimento de 11,2%, na comparação com os seus níveis deprimidos de produção nos dois últimos anos, decorrentes dos efeitos climáticos. A produção de leite ainda registrou um tímido percentual de 0,6%. “Essa recuperação é mais lenta do que a da agricultura, mas já se registra uma melhora”, comentou Lima.

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