O sistema de produção integrada é um conjunto de boas práticas que começa no campo e vai até o destino final do produto. No caso da Produção Integrada de Trigo, também chamada de PIT, são feitos registros desde a fase do plantio até a pós-colheita do trigo. A pesquisadora Casiane Tibola, da Embrapa Trigo, explica como funciona a PIT, cujo objetivo é otimizar a qualidade dos grãos e garantir um produto mais seguro.
“No caso do trigo, a produção integrada inclui as boas práticas desde a fase de produção, que seria a parte de manejo do solo, monitoramento de doenças e a questão de registros, porque na produção integrada é obrigatório o produtor ter um sistema de rastreabilidade, que só é possível a partir do registro do manejo que é realizado no campo e depois na fase de pós-colheita”, destaca a pesquisadora.
Casiane Tibola explica que os registros podem acontecer de várias maneiras. O produtor ou o técnico que acompanha a lavoura registra no caderno de campo tudo o que é realizado no processo de produção, por exemplo, que tipo de adubo foi utilizado, quais os agrotóxicos adotados no controle de pragas e doenças, dentre outras informações, criando assim um histórico sobre a produção.
“Esses registros podem ser realizados nas formas manual ou eletrônica. Já existe, inclusive, o caderno digital que permite fazer os registros através de qualquer aparelho que acesse a internet”, destaca Casiane.
Ela explica, ainda, que a perfeita integração só acontece quando há interação entre produtores, cooperativas, moinhos e indústrias. Nesse processo beneficiam-se todos, desde o produtor que poderá aumentar a sua produção e, consequentemente, a renda, até o consumidor final, que terá a garantia de um produto de qualidade.