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05Set2011

Agefepe quer financiar bilhões

A Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe) inaugurou oficialmente suas atividades e seu capital próprio de R$ 35 milhões, advindos do Tesouro Estadual, já tem destino certo: atender à demanda de micro, pequenos e médios empresários, produtores urbanos e rurais, para que, entre outros processos, otimizem suas atividades, modernizem seu maquinário tecnológico e fortaleçam seu quadro de recursos humanos. Com a novidade, os empreendedores poderão aumentar a qualidade de serviços e produtos fornecidos para as grandes indústrias em instalação no Estado. Para os próximos quatro anos, R$ 100 milhões já estão autorizados pelo Governo do Estado.

Para projetos de maior amplitude, a Agência tem flexibilidade de liberação de crédito, e seu poder sobe para, no mínimo, R$ 350 milhões - dez vezes o valor inicial. Para chegar a esse fluxo, será necessário o intermédio de instituições financeiras que já possuem linhas de crédito, como Banco do Brasil (BB), Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Nordeste (BNB). Para 2014, a expectativa é entrar forte na casa dos bilhões. Os juros para capital da Agefepe são mensais (taxa de 1,8%) e o valor emprestado volta ao caixa em até seis meses. Com os bancos, os juros são próprios e variam de acordo com o contrato com o comprador e movimentação do caixa da empresa.

No projeto inicial, as verbas repassadas têm interesse em demandas de fardamentos corporativos, leite e derivados, merenda escolar (fornecimento deve ser feito por empresários da mesma cidade), agricultura familiar (30% da merenda deve vir desse segmento) e turismo, com ênfase em cooperativas de táxi. “O pagamento do fornecedor já inclui a parcela da Agência. Em linguagem de pessoa física, trata-se de um crédito consignado entre as empresas”, comparou o presidente da Agefepe, Agnaldo Nunes.

Outro critério relevante para justificar a criação da Agefepe é o interesse em interiorizar o desenvolvimento. “As palavras-chave da Agência são inovação e integração. Elas são conceitos para que todo o trabalho tenha o fluxo ideal. Com integração, todos terão acesso a todos, sempre sob o mote de possuir características empreendedoras e modernas”, disse Nunes.

“Ainda estamos no início dos trabalho. A priori, talvez a adesão não seja iniciativa dos empresários, mas vamos atrás deles. Quando o trabalho, de fato, estiver vigorando, eles virão nos procurar”, afirmou. “Talvez esse seja o fator para o surgimento de novas empresas e o crescimento das atuais. A ideia é criar um ambiente para empreendedorismo e trabalhar com essa preocupação para fortalecer o segmento de micro. Às vezes, há investimentos altos na cidade, mas perdem-se oportunidades para fornecedores da Capital”, pontuou.

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