Recife, Pernambuco - Brasil

30/09/2012 - Comparativo anual SETEMBRO/11 com SETEMBRO/12, com comentários.

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO-CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

 

 

PRODUTOS

UNIDADE

INTERVALO

VARIAÇÃO

PREÇO MÉDIO

 

A

B

B/A

 

 

30/09/11

30/09/12

ANUAL

HISTÓRICO

  (R$)

  (R$)

(%)

 

1. HORTALIÇAS

 

 

 

 

 

Abóbora

Kg

1,10

1,22

10,91

0,91

Alface

0,18

0,27

50,00

0,31

Alho Nacional

Cx 10 Kg

46,00

74,68

62,35

54,30

Batatinha  

Sc 50 Kg

52,62

99,74

89,55

71,50

Batata Doce

Arroba

15,00

28,00

86,67

14,70

Cebola Pera

Sc 20 Kg

17,00

41,47

143,94

17,10

Cará São Tomé

Arroba-15Kg

15,24

39,89

161,75

21,60

Cebolinha

Mol. 1kg

1,62

1,34

(17,28)

1,68

Cenoura

Kg

1,40

1,98

41,43

1,11

Coentro

Mol. 5a7kg

24,90

26,68

7,15

18,41

Chuchu

Cento

4,76

8,32

74,79

1,23

Inhame da Costa

Arroba

26,71

50,53

89,18

28,65

Pepino

Kg

0,68

1,09

60,29

0,68

Pimentão 

Cento

11,57

25,00

116,08

16,35

Repolho 

Kg

1,22

1,92

57,38

1,00

Tomate 

Cx 25KG

22,62

25,79

14,01

24,25

Vagem

Kg

2,88

2,89

0,35

2,20

VARIAÇÃO EM REAL

 

245,50

430,81

75,48

 - 

2. FRUTAS

 

 

 

 

 

Abacaxi 

Cento

100,00

153,68

53,68

96,47

Banana Pacovan

Cento

6,00

11,37

89,50

7,24

Coco Seco

Cento

157,62

76,84

(51,25)

83,95

Coco Verde

Cento

70,00

79,47

13,53

67,72

Goiaba

Cx 22kg

32,38

40,00

23,53

24,40

Laranja Pera 

Cento

10,00

12,00

20,00

11,77

Limão Taity 

Cento

15,90

17,58

10,57

7,87

Maracujá 

Cento

45,48

50,84

11,79

38,88

Melancia

Kg

1,86

1,77

(4,84)

1,19

Melão Espanhol

Kg

35,00

42,63

21,80

23,67

Mamão Hawaí

Kg

0,50

0,60

20,00

0,45

Maçã Nacional 

Cx 18 Kg

1,10

1,20

9,09

1,00

Uva Itália

Cx 20 Kg

42,86

45,00

4,99

44,64

VARIAÇÃO EM REAL

 

518,70

532,98

2,75

-

3. CEREAIS

 

 

 

 

 

Açucar Cristal

Sc 50 Kg

82,14

75,20

(8,45)

60,00

Açucar Cristal

Frd 30 Kg

49,86

45,00

(9,75)

35,00

Arroz Parboilizado TP1

Frd 30 Kg

41,64

54,47

30,81

46,00

Arroz Branco TP1

Frd 30 Kg

43,08

56,25

30,57

50,00

Farinha de Mandioca TP2

Frd 30 Kg

32,56

54,25

66,62

35,00

Feijão Carioquinha TP1

Frd 30 Kg

78,95

113,68

43,99

88,00

Feijão Macassar

Frd 30 Kg

76,50

72,05

(5,82)

81,00

Feijão Preto

Frd 30 Kg

82,50

103,02

24,87

76,00

Mamona

Sc. 60kg

Sinf.

Sinf.

0,00

-

VARIAÇÃO EM REAL

 

487,23

573,92

17,79

-

4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS

 

 

 

 

Boi Gordo

Arroba 15Kg

100,14

103,16

3,02

82,00

Carcaça Suina

Kg

5,30

5,50

3,77

4,00

Caprino/Ovino

Arroba 15Kg

135,00

150,00

11,11

120,00

Frango-Resfriado 

Kg

3,70

3,91

5,68

3,40

Frango-Congelado 

Kg

3,55

3,77

6,20

2,74

Frango-Vivo 

Kg

2,47

2,75

11,34

2,17

Leite In Natura (Produtor)

Litro

Sinf.

Sinf.

0,00

-

Leite In Natura (Indústria)

Litro

Sinf.

Sinf.

0,00

-

VARIAÇÃO EM REAL

 

250,16

269,09

7,57

-

 

 

 

 

 

 

NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.

 

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534

Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado

Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:   Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

Normalmente, o segundo semestre caracteriza-se pela oferta maior, e preços abaixo da média histórica, portanto atrativo para o consumidor final, isto ocorre em função do período de safra da grande maioria das hortícolas, decorrente das boas condições climáticas, propiciando uma boa produção.No entanto este ano houve uma inversão, as alterações climáticas foram muito significativas em todas as regiões do país, com eventos diversos, como seca severa, excesso de chuvas, geadas, veranico, déficit hídrico etc.A conjunção desses fatores, prejudicaram  sobremaneira a produção, a colheita, a logística e a oferta de um modo geral, propiciando um cenário altista.Os preços médios na CEASA em setembro/12, com relação a setembro/11, apresentaram variações positivas significante em real 75,48% nas hortaliças, 2,75% nas frutas, os cereais tiveram um aumento  progressivo de 17,79%  e as  carnes 7,57% Vale salientar que o cenário altista também se confirma, quando se compara o mês de setembro com agosto do corrente ano, os preços das hortaliças tiveram uma oscilação positiva de 11,04%, as frutas 4,43%  os cereais 3,51% e as  carnes subiram 0,48%. Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora  A variação positiva de 10,91% no preço médio de setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado,  decorre da diminuição da oferta, provocada pelas alterações climáticas,( seca severa que atinge o nordeste.)No entanto, como estamos no período de safra, que ocorre de agosto a janeiro, com destaque para outubro e novembro, a tendência é de elevação da oferta, e recuo dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo. Vale salientar que entre agosto e dezembro a oferta predominante é da Bahia e Sergipe, este último a produção está vindo de projetos de irrigação em assentamentos.Os  preços continuam  acima da média histórica, ou seja, R$ 0,91 o quilo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O alface  teve um aumento médio de 50% o coentro de 74,79%, apenas a cebolinha teve uma queda pontual de (17,28%) no preço em setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado. Apesar dessas oscilações,  os valores praticados estão todos abaixo da média histórica.A tendência é de elevação  dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de agosto a janeiro, em função da queda na oferta, provocada pelas dificuldades de cultivo, decorrente das alterações climáticas, como a seca que atinge o nordeste, com o aumento da temperatura e  insolação excessiva. 

Alho nacional – O aumento expressivo de 62,35% no preço em setembro/12 com relação ao mesmo período de 2011, deixou  os valores de comercialização bem acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 54,30 a cx com 10 quilos, e decorre da alta do dólar, já  que 70% do nosso consumo é importado principalmente da china, maior produtor mundial, que tem um custo de produção em torno de R$ 15,00/20,00 bem abaixo do produto nacional que fica na faixa de R$ 45,00  A produção nacional gira em torno de 10 milhões de caixa de 10 quilos, isto representa 30% do nosso consumo, a produtividade média  gira em torno de 18 toneladas por hectare, Goiás, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, são os maiores produtores do país. Vale ressaltar, que houve uma queda de produção de 56% em Minas Gerais, que deve colher 18.000 toneladas, em função da diminuição da área cultivada, decorrente dos preços baixos praticados nas últimas safras, bem como as chuvas precipitadas fora de época em maio e junho que favoreceu o surgimento de doenças e comprometeu a qualidade do produto.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, em função do exposto, não obstante estarmos  no período de safra que ocorre de setembro a março.  

Batatinha – O aumento significativo e progressivo de 89,55%, no preço em setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado decorre essencialmente da queda expressiva na oferta, decorrente dos problemas climáticos que atingiram as regiões produtoras, como seca severa no NE. Bahia, chuvas fortes em maio, junho e atualmente, no sudeste, onde se situa Minas Gerais, maior produtor nacional, prejudicando a produção.Vale ressaltar que estamos em pleno período de safra que ocorre de julho a outubro, e o normal seria preços atrativos em nível de consumidor, no entanto diante do panorama exposto, houve uma inversão no ciclo produtivo, a tendência é sombria com preços ainda mais elevados em nível de consumidor no curto médio prazo. Os valores de comercialização estão acima dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,43 o quilo ou R$ 71,50 o saco de 50 kg.  

Batata doce roxa – O aumento expressivo e progressivo de 86,67%, no preço em setembro/12, com relação a setembro do ano passado, decorre essencialmente da queda na oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da diminuição da área de produção, ocupadas por culturas mais rentáveis, (cará são tomé) por exemplo, sobretudo este ano com as alterações climáticas   severa que afeta o país, principalmente o  nordeste, forçando a importação do produto de outros estados, como São Paulo e  Minas Gerais especificamente. O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de valores elevados, no curto, médio prazo em nível de consumidor, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de julho a novembro.  

Cará São Tomé – O aumento expressivo de 143,94%, no preço de setembro/12, quando comparado com igual período do ano passado, deixou os valores de comercialização muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 17,00 a arroba de 15 quilos, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre entre março e setembro. No entanto a seca severa que atingiu o nordeste, prejudicou a produção, a produtividade e consequentemente a oferta. A tendência é de preços elevados, em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função do cenário exposto. 

Cebola Pera – O aumento muito expressivo e progressivo de 161,75%, no preço médio de setembro/12 se comparado com  setembro/12agosto/11, decorre principalmente da diminuição da oferta em nível nacional, em função das alterações climáticas, ocorridas este ano, que afetaram todas as regiões produtoras do país, como a seca no sul e sudeste no início do ano, depois  chuvas torrenciais.Este cenário provoca a movimentação do produto, para outros entrepostos.Outra variável altista é a  seca severa que afeta o nordeste, incluindo o vale do médio são Francisco, oeste de Pernambuco  importante região produtora, não obstante estarmos em pleno período da safra regional, que ocorre  de julho a janeiro. Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica do período, ou seja, R$ 21,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de queda discreta dos preços no curto prazo, em nível de consumidor, já que haverá um aumento da oferta regional, bem como da cebola produzida no norte de Minas gerais, porém em patamares elevados quando comparado com o ano passado.   

Cenoura – O aumento expressivo de 41,43% no preço em setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre de agosto a dezembro, é o reflexo da seca severa que assolou grande parte do país, com mais de 1300 municípios que decretaram estado de emergência, sobretudo o nordeste, provocando redução do nível dos reservatórios, e diminuição da vazão dos poços, utilizados para irrigação do produto no estado da Bahia, incluindo o município de Lapão, um dos maiores produtores em nível nacional, e importante fornecedor deste entreposto.Vale registrar, que  estamos recebendo um suporte da cenoura irrigada, produzida o ano todo em Minas Gerais, reduzindo um pouco a pressão altista.Mesmo assim, com a diminuição da oferta e da qualidade do produto, a expectativa  é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo.Os valores  estão muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,10 o kg.  

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Daí a oscilação positiva de 7,15%,  no preço em setembro/12, com relação a agosto/11, os valores de comercialização, ficaram acima da faixa  média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 0,60 o kg. A tendência, é de oscilações negativas, com preços atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo, em função do período de safra, que ocorre de junho a dezembro. 

Inhame da costa – O aumento expressivo e progressivo de 89,18%, no preço do produto em setembro/12, quando comparado com setembro do ano passado, decorre essencialmente da queda muito significativa da oferta, em virtude da diminuição da área cultivada e consequentemente da produção, reflexo do movimento migratório para a produção do

cará são Tomé.Este panorama está sendo verificado nos últimos anos, em função da melhor produtividade do cará, boa aceitação por parte do consumidor, com sabor e valores nutricionais muito semelhantes ao inhame da costa.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, ou seja, R$ 28,00 a arroba de 15 quilos, em função dos motivos expostos.O período de safra ocorre de agosto a novembro, no entanto o cenário é altista. 

Pepino – O aumento de 60,29%, no preço em setembro/12, com relação a setembro/11, deixou os valores muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 o quilo.Embora o período de safra ocorra de julho a setembro, a tendência é de variações positivas dos preços no curto, médio prazo, em nível de consumidor, em função das alterações climáticas relevantes ocorridas este ano.  

Pimentão – O aumento expressivo de 116% no preço em setembro/12, quando comparado com agosto/11,decorre da queda expressiva na oferta, decorrente das dificuldades com o cultivo, provocada pela infestação de pragas, e pelo déficit hídrico para irrigação do produto, em função da seca que afetou quase todas as regiões do país. Sobretudo o nordeste.Além do deslocamento do produto para outros entrepostos.A tendência é de aumentos ainda maiores em nível de consumidor, no curto médio prazo, não obstante estarmos no período de safra que ocorre entre setembro e fevereiro.  Vale salientar, que os valores estão bem acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.   

Repolho – O aumento relativo de 57,38%, no preço em setembro/12, quando comparado com setembro do ano passado, decorre da queda expressiva da oferta, em função das dificuldades provocada pela seca, que atingiu fortemente o nordeste, prejudicando sobremaneira regiões produtoras, no agreste do estado.Embora o período de safra ocorra de agosto a março, a expectativa no curto, médio prazo, é de preços elevados em nível de consumidor, em função do panorama exposto.Vale registrar que estamos recebendo um aporte da região sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo, onde o transporte é  sempre um componente altista importante na formação do preço.Os valores continuam bem acima  da faixa média histórica do período, ou seja, R$ 1,00 o kg.   

Tomate – A oscilação positiva de 14,01%, no preço em setembro/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, é reflexo das alterações climáticas severas, em quase todas as regiões, principalmente a seca no nordeste do país, influenciando diretamente na queda da produção e da oferta.A tendência é de aumentos ainda maiores dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo, não obstante estarmos no período de safra que ocorre entre agosto e fevereiro, com destaque para setembro, outubro e novembro.Temos  que levar em consideração, as limitações impostas pela seca que assola o nordeste, incluindo o sertão de Pernambuco e Paraíba, onde neste período vem a maior parte do tomate ofertado neste entreposto.  Os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo ou 25,00 a cx. de 25 kg.  

Vagem – A oscilação positiva  de 0,35%,  em setembro/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixou os valores de comercialização  ligeiramente acima da média histórica, ou seja R$ 2,20 o quilo, e decorre dos efeitos negativos da seca que atinge o agreste do estado, principal região produtora.A tendência é de aumentos expressivos dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo, não obstante, estarmos no período de safra que ocorre de julho a fevereiro. .

Sugestões de consumo: abóbora, cebolinha, coentro, chuchu  e feijão verde.

Grupo II (Frutas) Abacaxi – O aumento expressivo de 53,68% no preço em setembro/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixou os valores de comercialização bastante elevados e muito fora da faixa média histórica, que é em torno de R$ 100,00 o cento.Este panorama, decorre  essencialmente da diminuição da oferta, em função da queda na produção e da qualidade do produto decorrente dos efeitos da seca severa que assola o nordeste, região que se destaca como produtora. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, não obstante estarmos no período de safra do produto, que ocorre de julho a dezembro. 

Banana Pacovan – O aumento acentuado e progressivo de 89,50% no preço em setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado, é reflexo da queda na oferta e da qualidade do produto,não obstante estarmos no período de safra que ocorre entre setembro e fevereiro.A seca severa que assola os estados nordestinos, é um fator que prejudica todo ciclo produtivo, e concorre decisivamente para a diminuição da oferta. Vale salientar, que o preço médio histórico gira  em torno de R$ 8,00 o cento.A tendência é de valores firmes, em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Coco seco – A queda progressiva e acentuada no preço (51,25%) na média de setembro/12, com relação a setembro/11, deixou os valores de comercialização abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 84,00 o cento ou R$ 1,32 o kg, e decorre do aumento das importações de produtos derivados de países exportadores como Vietnam, Indonésia,  este último maior produtor mundial de coco.O cenário altista dos anos anteriores decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limitava a importação de produtos derivados desde 2002, vale registrar que esta proibição se expirou em 31/08/2012, abrindo espaço para as importações.Outra variável que contribuiu para os preços muito elevados, foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados nos últimos anos, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Além da concorrência com as indústrias de beneficiamento. A tendência é de normalidade do mercado e estabilidade dos preços, com valores dentro da faixa média histórica, e atrativos  para o consumidor. Vale salientar, que o período da entressafra ocorre entre junho e novembro. Porém o panorama aponta para equilíbrio na oferta, na demanda, e nos preços. 

Coco verde – O aumento de 13,53% no preço em setembro/12, com relação a setembro/12, deixou os valores de comercialização acima da média histórica, ou seja, R$ 68,00 o cento. Vale salientar que houve uma diminuição da oferta, em função da seca que atingiu o nordeste, acarretando déficit hídrico, e prejudicando a produção dos perímetros irrigados.Outra variável altista é o consumo maior, em função do prolongamento do verão, e, da  temporada de praias.A expectativa é de oscilação positiva dos preços, para o consumidor, não obstante estarmos  no período de safra, que ocorre entre  maio e outubro.  

Goiaba – A majoração progressiva de 23,53%, no preço em setembro do corrente ano, se comparado com o mesmo período do ano anterior, é reflexo da queda na oferta, decorrente dos efeitos negativos da grande seca que se consolidou em grande parte do país, com intensidade maior ainda no nordeste.Os  valores de comercialização estão bem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,20 o quilo ou R$ 25,00 a caixa com 20 a 22 quilos.A expectativa é de aumentos no preço ainda maiores no curto, médio prazo para o consumidor, em função da proximidade com o 2º intervalo da entressafra, que ocorre de outubro a dezembro.  

Laranja pera – O mercado de laranja estar muito instável, e indefinido, com o andamento da colheita em São Paulo, maior parque citrícola do mundo, com uma produção estimada em mais de 374 milhões de caixas de 40,8 kg. certamente  todo mercado será impactado, a oscilação positiva de 20% no preço de setembro/12; com relação a setembro/11, deixa os valores de comercialização dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 11,77 o cento, ou R$ 0,58 o quilo. Vale ressaltar que estamos no período de safra, que ocorre de junho a fevereiro,  portanto a tendência é de preços bem atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo, apesar da seca severa que incide em Sergipe e na Bahia, principais fornecedores do produto deste entreposto.Outra variável que pode provocar grandes oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o panorama da produção, estoques e demanda internacional, o Brasil exporta mais de 90% de suco concentrado, deste, 70% vai para a  E.U os  EUA 15%, o restante Japão e outros.Com a crise  européia, e o embargo dos EUA por conta do  uso do fungicida Carbedazim, a situação dos produtores fica muito complicada, sem colocação no mercado, este excedente provoca uma derrocada significativa dos preços.    

Limão taity – O aumento progressivo de 10,57% no preço em setembro do corrente ano, com relação a setembro/11, decorre do período de entressafra que ocorre de setembro a dezembro, provocando diminuição da oferta e da qualidade do produto, sobretudo este ano  em função das dificuldades inerentes aos efeitos da seca que atinge o nordeste.Os valores estão acima da média histórica, ou seja, R$ 8,00 o cento, ou R$ 1,14 o quilo. A tendência é que haja oscilações positivas significantes nos valores de comercialização, em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Maçã nacional – O aumento de 11,79%, em setembro/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixa os valores acima da média histórica, ou seja, R$ 39,00 a cx com 18 quilos, e decorre em função da diminuição da oferta e da qualidade, provocada pelo período da entressafra, que ocorre entre agosto e janeiro.Vale salientar que as geadas ocorridas no sul do país, principalmente em Santa Catarina, maior produtor nacional  de maçã, prejudicaram sobremaneira  os parreirais, que estavam  na fase de floração e frutificação. A expectativa é de elevação  dos preços, em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Mamão hawai Apesar  da queda  de (4,84%) no preço em setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado, os valores de comercialização continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 1,20 o quilo, em função  do período de entressafra que ocorre de julho a dezembro. Constatamos também uma diminuição na qualidade e na oferta, em virtude da seca que afeta  estados produtores, Bahia e Paraíba, importantes fornecedores desta fruta, para o nosso entreposto.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto médio prazo. 

Maracujá  - O aumento de 21,80% no preço em setembro/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixa os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 24,00 o cento ou R$ 1,78 o quilo.O período de entressafra ocorre de agosto a dezembro, com destaque para setembro e outubro. A expectativa  portanto, é de grandes aumento dos preços do produto, no curto médio prazo, em nível de consumidor, já que houve uma redução no número de produtores, desestimulados pela gangorra dos preços, e pelo elevado custeio, com mão de obra, fertilizantes e defensivos, além do investimento com estacas e arame.Outra variável altista importante, é a seca que assola todo nordeste, prejudicando sobremaneira a produção e a produtividade.  

Melancia – O aumento de 20% no preço em setembro/12, quando comparado com igual período do ano anterior, deixou os valores de comercialização superiores a média histórica, que é em torno de R$ 0,45 o quilo.Este panorama decorre essencialmente da diminuição da oferta e da qualidade do fruto, reflexo da seca, que aflige a região nordestina, gerando déficit hídrico na planta, impedindo seu desenvolvimento vegetativo, além das altas temperaturas que provoca o aborto da floração e queda do fruto.  A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo, e acima dos níveis médios históricos, não obstante estarmos próximo ao período de safra, que ocorre de setembro a fevereiro.  

Melão espanhol – O aumento de 9,09% no preço em setembro/12, com relação a setembro/11, deixa os valores de comercialização acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre de setembro a fevereiro, todavia a boa qualidade do fruto, tipo exportação, direcionado também para o mercado interno, justifica essa majoração. Os estados do CE e RN, são os maiores produtores  e exportadores de melão do país,  estão com uma boa produção nos perímetros irrigados, portanto a  tendência é de manutenção e queda moderada dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Uva Itália -  Apesar do realinhamento de 4,99% no preço em setembro/12, com relação a setembro/11,  os valores de comercialização ficaram dentro da faixa média histórica, ou seja, R$  2,50 o quilo ou 45,00 a caixa com 18 kg. A tendência é de aumento gradativo dos preços, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em função do início da entressafra, que ocorre entre outubro e abril,  provocando  uma diminuição na oferta, além do aumento natural do consumo, por conta das festividades de final de ano.    

Sugestões de consumo: coco seco, maçã, melão espanhol, Graviola, uva. 

Grupo III (Cereais/Oleaginosas). 

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica o  recuo progressivo de (9,75%) em 12 meses, R$ 49,86  em setembro/11, e R$ 45,00 em setembro/12, o fardo de 30 kg. A variação mensal também  foi negativa (2,30%)  no preço em setembro/12, com  relação a agosto/12.julho/12. O valor médio histórico é de R$ 35,00 o fardo de 30 quilos. 1º  Previsão de uma produção total de açúcar de 38,99 milhões de toneladas, 2012/13, ou seja, 8,41% a mais que a de 2011/12, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial desta commodity.  2º O Aumento dos estoques globais, e da produção mundial, em 2012, oriunda principalmente da índia, Tailândia, Austrália, Rússia e Europa, tem provocado queda dos preços da commodity nas bolsas internacionais. A tendência do mercado interno é de oscilação negativa dos preços em nível de consumidor, no curto,  médio prazo reflexo da melhora nas condições climáticas, favorecendo a colheita da cana em São Paulo. Vale salientar que estamos em pleno  período de safra do centro-sul, e no início da colheita da safra nordestina.   

Arroz Parboilizado – O aumento progressivo de 30,81%, no preço em setembro/12, com relação a setembro/11, confirmou a tendência altista, em função dos fundamentos abaixo relacionados.: A quebra da safra nacional, 2011/12, estimada em 11.600, contra 13.613 milhões de toneladas em 2010/11, (14,8%)  provocada principalmente pela seca que atingiu o Rio Grande do Sul no início do ano, este o maior produtor nacional, e pela redução de 13,9% da área plantada. O atraso no preparo das áreas de cultivo da safra 2012/13, que normalmente em setembro, já estão prontas para o plantio, e se estende até novembro, no entanto, a falta de água nos mananciais, está atrasando o cultivo do arroz.  Medidas governamentais adotadas, com o objetivo de escoar os estoques, e equilibrar oferta e demanda,  principalmente agora com a colheita da safra 2011/12 Outra variável importante, é o aumento das exportações, do produto nacional, invertendo um cenário recente  com importações  do Mercosul, sobretudo do Uruguai. A  tendência, é de aumento ainda maiores dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor, e valores bem acima da faixa média histórica, que é, R$ 46,00 o fardo de 30 quilos.  

Feijão carioquinha – O mercado está muito oscilante, em função das perdas da safra total, que dos 3.732 milhões de toneladas em 2010/11, caiu para algo em torno de 2.899 milhões de toneladas em 2011/12, queda de 22%, em valores absolutos isto significa 833.000 mil toneladas de feijão, a menos no mercado.  O aumento médio de 43,99% no preço em setembro/12, com relação ao mesmo período do ano passado, deixou os valores muito elevados, e fora da faixa média histórica, que é de R$ 88,00 o fardo com 30 quilos.Este cenário é reflexo das dificuldades dos produtores na comercialização das safras dos últimos anos com preços muito baixos e oscilantes, desestimulando o plantio, e acarretando uma migração para culturas mais rentáveis, caso da soja e do milho.Além dos problemas climáticos,(seca e geadas) no centro-sul do Brasil, com perdas importantes em São Paulo,e Minas, e Paraná. Outra variável muito importante neste ambiente de alta é a seca severa e configurada que assola quase todo nordeste, sobretudo a Bahia, notadamente a importante região produtora de feijão de Irecê, onde as perdas ficaram em torno de 80%. A tendência é de oscilações negativa dos preços no curto prazo, em função da  comercialização da segunda safra em MT(181.000t – ¾ caupi) e mais recentemente o andamento da colheita da terceira safra em Goiás, plantada entre abril e agosto, com 35% já colhida, porém  não o suficiente para suprir  as perdas do conjunto de safras, e os valores continuam bastante elevados em nível de consumidor. 

Grupo IV (Carnes e Laticínio).

Boi gordo – O realinhamento positivo de 3,02% no preço da arroba em setembro/12, com relação a agosto/11, foi provocado pela demanda pontual, decorrente da migração dos consumidores da carne suína e principalmente da de frango, que ultimamente tiveram majorações significativas, por conta do aumento substancial dos grãos – milho e soja, elementos básicos na composição da ração. O mercado se apresenta com uma oferta maior de bois para abate, já que o prolongamento das chuvas aumentou a disponibilidade de pastagens para os animais.   A quantidade de animais dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities).A expectativa   momentânea é de  oscilações positiva dos preços.  

Frango – Os aumentos significativos, ocorridos no preço em setembro/12, com relação a setembro do ano passado, deixaram os valores de comercialização muito acima da média histórica, e, decorre  essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de oscilações positivas nos valores de comercialização, em nível de consumidor.  

Recife, 30 de setembro de 2012  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola 

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
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  Fonte: DETEC