Recife, Pernambuco - Brasil

31/07/2012 - Comparativo anual JULHO/11 com JULHO/12, e comentários

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO-CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOS

UNIDADE

INTERVALO

VARIAÇÃO

PREÇO MÉDIO

 

A

B

B/A

 

ATACADO

31/07/11

31/07/12

ANUAL

HISTÓRICO

  (R$)

  (R$)

(%)

 

1. HORTALIÇAS

 

 

 

 

 

Abóbora

Kg

0,97

2,32

139,18

0,91

Alface

0,28

0,52

85,71

0,31

Alho Nacional

Cx 10 Kg

87,29

72,33

(17,14)

54,30

Batatinha  

Sc 50 Kg

69,29

67,62

(2,41)

71,50

Batata Doce

Arroba

15,00

23,33

55,53

14,70

Cebola Pera

Sc 20 Kg

15,10

27,38

81,32

17,10

Cará São Tomé

Arroba-15Kg

20,43

27,67

35,44

21,60

Cebolinha

Mol. 1kg

5,00

1,83

(63,40)

1,68

Cenoura

Kg

1,00

2,06

106,00

1,11

Coentro

Mol. 5a7kg

17,05

13,14

(22,93)

18,41

Feijao verde c/casca

Kg

11,57

16,48

42,44

10,80

Chuchu

Cento

1,30

1,47

13,08

1,23

Inhame da Costa

Arroba

35,71

50,71

42,01

28,65

Milho verde

50 espigas

16,33

24,29

48,74

13,88

Pepino

Kg

0,73

0,79

8,22

0,68

Pimentão 

Cento

12,43

21,24

70,88

16,35

Repolho 

Kg

1,15

2,30

100,00

1,00

Tomate 

Cx 25KG

44,05

38,33

(12,99)

24,25

Vagem

Kg

2,90

4,05

39,66

2,20

VARIAÇÃO EM REAL

 

357,58

397,86

11,26

 - 

2. FRUTAS

 

 

 

 

 

Abacaxi 

Cento

110,00

166,67

51,52

96,47

Banana Pacovan

Cento

8,00

10,00

25,00

7,24

Coco Seco

Cento

153,33

80,00

(47,82)

83,95

Coco Verde

Cento

70,00

78,10

11,57

67,72

Goiaba

Cx 22kg

31,67

45,00

42,09

24,40

Laranja Pera 

Cento

11,33

12,00

5,91

11,77

Limão Taity 

Cento

5,00

7,29

45,80

7,87

Maracujá 

Cento

37,38

44,48

18,99

38,88

Melancia

Kg

1,11

1,68

51,35

1,19

Melão Espanhol

Kg

20,95

25,95

23,87

23,67

Mamão Hawaí

Kg

0,57

0,60

5,26

0,45

Maçã Nacional 

Cx 18 Kg

1,34

1,26

(5,97)

1,00

Uva Itália

Cx 20 Kg

50,00

46,19

(7,62)

44,64

VARIAÇÃO EM REAL

 

500,68

519,22

3,70

-

3. CEREAIS

 

 

 

 

 

Açucar Cristal

Sc 50 Kg

85,71

77,00

(10,16)

60,00

Açucar Cristal

Frd 30 Kg

51,71

46,77

(9,55)

35,00

Arroz Parboilizado TP1

Frd 30 Kg

41,78

46,87

12,18

46,00

Arroz Branco TP1

Frd 30 Kg

43,77

50,09

14,44

50,00

Farinha de Mandioca TP2

Frd 30 Kg

33,71

43,59

29,31

35,00

Feijão Carioquinha TP1

Frd 30 Kg

70,66

117,37

66,11

88,00

Feijão Macassar

Frd 30 Kg

84,28

77,89

(7,58)

81,00

Feijão Preto

Frd 30 Kg

78,86

101,68

28,94

76,00

Mamona

Sc. 60kg

Sinf.

Sinf.

0,00

-

VARIAÇÃO EM REAL

 

490,48

561,26

14,43

-

4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS

 

 

 

 

Boi Gordo

Arroba 15Kg

100,00

103,00

3,00

82,00

Carcaça Suina

Kg

5,00

5,50

10,00

4,00

Caprino/Ovino

Arroba 15Kg

135,00

150,00

11,11

120,00

Frango-Resfriado 

Kg

3,45

3,70

7,25

3,40

Frango-Congelado 

Kg

3,35

3,57

6,57

2,74

Frango-Vivo 

Kg

1,64

1,99

21,34

2,17

Leite In Natura (Produtor)

Litro

Sinf.

Sinf.

0,00

-

Leite In Natura (Indústria)

Litro

Sinf.

Sinf.

0,00

-

VARIAÇÃO EM REAL

 

248,44

267,76

7,78

-

 

 

 

 

 

 

NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.

 

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534

Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado

 

 

 

 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:   Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

Os preços médios na CEASA em julho/12, com relação a julho do ano passado apresentaram variações positivas em real de 11,26% nas hortaliças, e 3,70%  no grupo das frutas, os de cereais tiveram um aumento  progressivo de 14,43% e o de carnes 7,78%  Vale salientar que quando comparado o mês de julho com o mês de junho do corrente ano os preços das hortaliças tiveram uma oscilação positiva de 7,93%, as frutas de 0,34% e os cereais de 1,90% já as carnes recuaram (0,24%)  Este cenário altista, decorre essencialmente, das adversidades climáticas ocorridas desde o início do ano, como seca no sul, mais severa ainda no nordeste, mais recentemente geadas no sul e excesso de chuvas no sudeste, a conjunção desses fatores prejudicam sobremaneira a produção, a colheita e a logística de um modo geral.Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora  A variação positiva de 139,18% no preço médio de julho, com relação ao mesmo período do ano passado,  decorre da diminuição expressiva da oferta, provocada pela entressafra do produto, que ocorre de fevereiro a julho. Agravada este ano pela seca severa que atinge o nordeste.Vale salientar que entre junho e agosto, a oferta predominante é do nosso estado, este ano atípico o fluxo maior está vindo do Maranhão e Rio Grande do Norte, que também sofrem os efeitos das adversidades climáticas.Os  preços continuam muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,91 o quilo. A expectativa é de preços muito elevados e acima da média histórica em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O aumento dos preços médios 85,71% do alface, 42,44% do coentro, e queda acentuada de (63,40%) da cebolinha, em julho/12, com relação ao ano passado, deixou os valores acima da média histórica.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, no curto, médio prazo, haja vista,que as condições climáticas no segundo semestre são mais amena, favorecendo o cultivo a produção e a oferta destas hortícolas.  

Alho nacional – Apesar da queda de (17,14%) em julho/12, com relação ao mesmo período do ano passado os valores estão acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 54,30 a cx com 10 quilos, e decorre do realinhamento dos preços, já que os preços estavam muito elevados e fora da média histórica o ano passado. A produção nacional em gira em torno de 10 milhões de caixa de 10 quilos, uma produtividade média em torno de 18 toneladas por hectare, isto representa em torno de 30% do nosso consumo, Goiás, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, são os maiores produtores do país. O restante é importado  da China e da Argentina, portanto ficar ligado no câmbio. A China maior produtor mundial, teve uma redução de 25% na sua produção este ano, o custo deles produzirem é de  R$ 15,00/20,00, a cx com 10 quilos, muito abaixo dos custos de produção do alho nacional, que é em torno de R$ 45,00.A tendência é de oscilação positiva dos preços em nível de consumidor, em função do exposto, além do período de entressafra, que ocorre entre abril e agosto.     

Batatinha – O recuo de (2,41%) no preço em julho/12, com relação ao ano passado, decorre essencialmente do aumento da oferta, decorrente das boas condições climáticas atuais, na região norte de Minas Gerais, maior produtor nacional, e no Paraná. O normal nesse período seria excesso de chuvas com dificuldade na colheita e na logística em geral, como armazenamento e transporte, reflexo das variações do clima (temperatura alternada – frio, calor) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização.Os valores de comercialização estão abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,43 o quilo ou R$ 71,50 o saco de 50 kg.A tendência é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, de julho a outubro, em função do período de safra. 

Batata doce roxa – O aumento expressivo de 55,53% no preço em julho/12, com relação a julho do ano passado, decorre essencialmente da queda na oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da diminuição da área de produção, ocupadas por culturas mais rentáveis, (cará são tomé) por exemplo. além da seca severa que afeta o nordeste, forçando a importação do produto de outros estados, Minas Gerais especificamente. O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de valores elevados, no curto, médio prazo em nível de consumidor, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de julho a novembro.  

Cará São Tomé – O aumento de 81,32% no preço de julho, quando comparado com igual período do ano passado, deixou os valores de comercialização acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 17,00 a arroba de 15 quilos, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre entre março e setembro, com  destaque para maio, junho e julho.Apesar do reajuste o preço do cará é muito atrativo para o consumidor, se comparado com o inhame da costa. Fatores que concorrem  para  este cenário.  1º O aumento muito expressivo da produção, a partir de 2010, em função da migração dos produtores de outras cultivares de inhame  para o cará são tomé, em função da sua melhor produtividade. 2º O preço muito atrativo em nível de consumidor, 45% em média abaixo de outras cultivares de inhame, além da boa palatabilidade e dos altos valores nutricionais do produto, estimulando o consumo e a produção. A tendência  é  de  estabilidade  dos preços, embora em níveis elevados, em nível de consumidor no curto, prazo,  em função do aumento da demanda.  

Cebola Pera – O aumento relativo de 35,44%, no preço médio de julho/12, se comparado com  julho/11, decorre principalmente da diminuição da oferta nacional, não obstante estarmos no início do período da safra regional, que ocorre de julho até janeiro.Este cenário é decorrente da movimentação do produto, para outros entrepostos, já que as alterações climáticas, afetaram todas as regiões produtoras do país. Como as chuvas ocorridas no sudeste do país, sobretudo em São Paulo, dificultando a produção. Outra variável altista é a  seca severa que afeta o nordeste, incluindo o vale do médio são Francisco, oeste de Pernambuco  importante região produtora, bem como a estiagem nos estados sulistas,que afetou significativamente a produção no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, este último maior produtor nacional. Os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 21,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de queda dos preços, no curto prazo, em nível de consumidor, já que haverá um aumento da oferta regional, bem como da cebola produzida no norte de Minas gerais, porém em patamares elevados quando comparado com o ano passado.     

Cenoura – O aumento expressivo de 106% no preço em julho/12, com relação ao mesmo período do ano passado, reflete o período de entressafra, que ocorre de janeiro a julho, com diminuição da oferta e da qualidade do produto, a expectativa  ainda é de preços elevados em nível de consumidor,Outro componente decisivo, para a manutenção dos preços, em patamares elevados, foi à redução do nível dos reservatórios, e diminuição da vazão dos poços, para irrigação do produto, provocado pela seca severa que atingiu o nordeste, sobretudo o estado da Bahia, incluindo o município de Lapão, um dos maiores produtores em nível nacional, e importante fornecedor para este entreposto.Os valores  estão muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,10 o kg. A tendência é de preços elevados no curto, médio prazo em nível de consumidor.

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Daí a queda expressiva de (22,93%) no preço em julho/12,com relação a julho/11, já que as condições climáticas desse ano estão muito favoráveis, sem o excesso de chuvas que seria o normal para essa época. Os valores continuam abaixo da faixa  média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 0,60 o kg. A tendência, é de oscilações discretas, com preços atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo, em função do período de safra, que ocorre de junho a dezembro. 

Inhame da costa – O aumento progressivo de 42% no preço do produto em julho deste ano quando comparado com julho do ano passado, decorre essencialmente da queda muito significativa da oferta, em virtude da diminuição da área cultivada e consequentemente da produção, reflexo do movimento migratório para a produção do

cará são Tomé.Este panorama está sendo verificado nos últimos anos, em função da melhor produtividade do cará, boa palatabilidade, com sabor e valores nutricionais muito semelhantes ao inhame da costa, além da diferença no preço que em julho/12 chegou a 30%A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, ou seja, R$ 28,00 a arroba de 15 quilos, em função dos motivos expostos.O período de safra ocorre de agosto a novembro, no entanto o cenário é altista. 

Pepino – O aumento de 8,22% no preço em julho/12, com relação a julho/11, deixou os valores ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 o quilo.Embora o período de safra ocorra de julho a setembro, a tendência é de variações positivas discreta dos preços, no curto prazo, em nível de consumidor, em função das alterações climáticas relevantes.  

Pimentão – A queda expressiva na oferta, decorrente das dificuldades com o cultivo, provocada pela infestação de pragas, e pelo déficit hídrico, em função da seca que afetou quase todas as regiões do país. Sobretudo o nordeste.Além do deslocamento do produto para outros entrepostos. A conjunção destes fatores, provocaram um significativo aumento no preço em julho/12 com relação ao mesmo período do ano passado. A tendência é de oscilações positiva em nível de consumidor, no curto prazo, em função do quadro exposto.  Vale salientar, que os valores estão acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo. O período de safra ocorre de setembro a fevereiro. 

Repolho – O aumento relativo de 100%, no preço em julho/12 quando comparado com julho do ano passado, decorre da queda expressiva da oferta, em função do período da entressafra que ocorre de abril a julho, este ano notadamente com a seca que assola o nordeste, neste período recebemos um aporte da região sudeste, Minas Gerais e Espírito Santo principalmente, o transporte é um componente altista importante na formação do preço. Os valores continuam bem acima  da faixa média histórica do período, ou seja, R$ 1,00 o kg.  A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo.    

Tomate – A queda pontual de (12,99%) no preço em julho/12, com relação a julho/11, refletiu ainda a boa oferta do produto, durante o mês de julho do corrente ano, que a rigor era para os preços estarem elevados como no ano passado, pelo fato de ser  período de entressafra, que ocorre de março a julho, todavia, as condições climáticas atípicas deste ano,(sem o excesso de chuvas que ocorre neste período no agreste e zona da mata) principais pólos produtores, favoreceram o cultivo do tomate.No entanto não obstante, estarmos entrando no período de safra, que ocorre entre agosto e fevereiro a tendência agora é de elevação dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em função da inversão da estação produtiva, já que agora as condições estão desfavoráveis em muitas regiões produtoras, com excesso de chuvas no sudeste, seca e inundações no sul, além da seca severa com déficit hídrico que assola o nordeste. Este panorama agrícola provoca queda na oferta, e o deslocamento do produto para outros entrepostos, gerando invariavelmente aumento dos preçosOs valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo ou 25,00 a cx. de 25 kg.  

Vagem – O aumento relativo de 39,66% no preço de julho/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, decorre da queda na oferta, em virtude dos efeitos negativos da seca que atuou em todo primeiro semestre, no agreste do estado, principal região produtora.Os valores de comercialização continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 2,20 o quilo.  Os preços deverão começar a recuar a partir de agosto, em nível de consumidor, em função do período de safra que ocorre de julho a fevereiro. .

Sugestões de consumo: alface, alho, batatinha, cará são tomé, coentro, pepino, e vagem   

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – O reajuste de 51,52% no preço em julho/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixam os valores de comercialização bastante elevados e fora da faixa média histórica do período, que é em torno de R$ 100,00 o cento.Este panorama, decorre essencialmente da diminuição da oferta em função das dificuldades decorrente da seca severa que assola o nordeste, região que se destaca como produtora. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, não obstante estarmos no período de safra do produto, que ocorre de julho a dezembro. 

Banana Pacovan – O aumento progressivo de 25% no preço em julho/12, com relação ao mesmo período do ano passado, é reflexo da queda na oferta e da qualidade do produto, decorrente do período da entressafra que ocorre entre março e agosto,Outro fator que concorre com a diminuição da oferta, é a seca severa que assola estados nordestinos, prejudicando todo ciclo produtivo.Vale salientar, que o preço médio histórico gira  em torno de R$ 8,00 o cento.A tendência é de valores firmes, em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Coco seco – A queda  progressiva e acentuada no preço (47,82%) na média de julho do corrente ano, com relação a junho/11, é reflexo da regressão dos valores, para os níveis históricos, ou seja, R$ 84,00 o cento ou R$ 1,32 o kg. já que esses estavam bastante elevados e muito acima da média histórica,  portanto anormais para os padrões de mercado.O cenário altista anterior decorreu da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limita a importação de produtos derivados desde 2002, vale registrar que esta proibição se expira em 31/08/2012, abrindo espaço para grandes exportadores ,como Indonésia e Vietnam.     Outra variável altista foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados nos últimos anos, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade.Além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco.A tendência é de normalidade do mercado e estabilidade dos preços, com valores dentro da faixa média histórica e atrativo para o consumidor. Vale salientar, que o período da entressafra ocorre entre junho e novembro. Porém o panorama é de equilíbrio da oferta, demanda e preços. 

Coco verde – O discreto aumento de 11,57% no preço em julho/12 com relação a julho/11,deixa os valores de comercialização acima da média histórica, ou seja, R$ 68,00 o cento, reflexo da  demanda maior em função do prolongamento do verão, e, temporada de praias.A expectativa é de oscilação8 negativa dos preços, para o consumidor, já que estamos no período de safra, que ocorre de  maio a outubro.  

Goiaba – A majoração progressiva de 42,09%  no preço em julho do corrente ano, se comparado com o mesmo período do ano anterior, é reflexo da queda na oferta decorrente do 1º intervalo  da entressafra que ocorre de maio a julho, deixando os valores de comercialização  bem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,20 o quilo ou R$ 25,00 a caixa com 20 a 22 quilos.A expectativa é de aumentos no preço, ainda maiores no curto prazo para o consumidor, reflexo dos efeitos da seca que atingiu quase todo nordeste.  

Laranja pera – O mercado de laranja estar muito instável, e indefinido, o início da colheita em São Paulo, maior parque citrícola do mundo, com uma produção estimada em mais de 374 milhões de caixas de 40,8 kg. certamente impacta todo mercado, a discreta oscilação positiva de 5,91% no preço de julho/12 com relação a julho/11, deixa os valores de comercialização ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 11,77 o cento, ou R$ 0,58 o quilo. Vale ressaltar que estamos no período de safra, que ocorre de junho a abril, portanto a tendência é de preços bem atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo, apesar da seca severa que incide em Sergipe e na Bahia, principais fornecedores do produto deste entreposto.Outra variável que pode provocar grandes oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o panorama da produção, estoques e demanda internacional, o suco concentrado  o Brasil exporta mais de 90%, deste 70% vai para a EU os  EUA 15%, o restante Japão e outros.Com a crise europeia, e o embargo dos EUA por conta do  uso do fungicida Carbedazim, a situação dos produtores fica muito complicada, sem colocação no mercado, este excedente provoca uma derrocada significativa dos preços.    

Limão taity – O aumento expressivo e progressivo de 45,80% no preço em julho do corrente ano, com relação a julho/11, apesar de estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a agosto, é reflexo da diminuição da oferta e da qualidade do produto, em função das dificuldades inerentes aos efeitos da seca que atinge o nordeste.Os valores estão ligeiramente abaixo da média histórica, ou seja, R$ 8,00 o cento, ou R$ 1,14 o quilo. A tendência é que haja oscilações positivas nos valores de comercialização, em nível de consumidor no curto, médio prazo.

Maçã nacional – A comercialização está equilibrada, entre oferta e demanda, o aumento relativo de 18,99%, em julho/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixa os valores ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 38,88 a cx com 18 quilos, contudo muito atrativo para o consumidor. Em função da safra que ocorre entre fevereiro e julho.  A expectativa é de manutenção dos preços, com oscilações discretas em função da boa safra no sul do País.  

Mamão hawai – O aumento expressivo de 51,35%, no preço em julho do corrente ano, com relação ao mesmo período do ano passado, decorre do período de entressafra que ocorre de julho a dezembro, deixando os  valores de comercialização bem acima da média histórica,  ou seja, R$ 1,20 o quilo.Constatamos também uma diminuição na qualidade e na oferta, em virtude da seca que afeta os estados produtores, Bahia e Paraíba, importantes fornecedores desta fruta, para o nosso entreposto.O estado do Espírito Santo, segundo maior produtor nacional desta fruta, atrás apenas da Bahia, está com problemas alfandegários por conta da greve dos fiscais da anvisa, prejudicando sobremaneira as exportações do produto.A tendência é de preços ainda mais elevados em nível de consumidor no curto médio prazo. 

Maracujá O Aumento de 25,95% no preço em julho/12, se comparado com o mesmo período do ano passado, não obstante  ainda estarmos no período de safra, que ocorre de janeiro a julho, remete os valores de comercialização para  níveis  ligeiramente, acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 24,00 o cento ou R$ 1,78 o quilo.O período de entressafra ocorre de agosto a dezembro. A expectativa é de aumento dos valores de comercialização, no curto médio prazo, em nível de consumidor, já que houve uma redução no número de produtores, desestimulados pela gangorra dos preços, e pelo elevado custeio, com mão de obra, fertilizantes e defensivos, além do investimento com estacas e arame.Outra variável altista,é a seca que assola todo nordeste, prejudicando sobremaneira a produção e a produtividade.  

Melancia – O discreto aumento de 5,26% em julho do corrente ano, quando comparado com igual período do ano anterior, deixa  os valores praticados na comercialização ligeiramente  superiores a média histórica, que é em torno de R$ 0,45 o quilo.Este panorama decorre essencialmente da diminuição da oferta e da qualidade do fruto, reflexo da seca, que aflige a região nordestina, gerando déficit hídrico na planta, impedindo seu desenvolvimento vegetativo, além das altas temperaturas que provoca o aborto da floração e queda do fruto. Outro fator importante neste cenário, é a entressafra que ocorre de março a agosto, com destaque para maio, junho e julho.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo, e acima dos níveis médios históricos.

Melão espanhol – Apesar da queda de (5,97%) no preço em julho/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, os valores de comercialização, ainda ficaram ligeiramente acima da faixa média histórica, que é R$ 1,00 o kg.Estes valores elevados, decorre principalmente da diminuição da oferta, reflexo do período de entressafra, que ocorre entre março e agosto.A tendência é de elevação moderada dos preços em nível de consumidor, no curto prazo em função do cenário descrito.   

Uva Itália -  O recuo de (7,62%) no preço em julho/12, com relação a julho/11, deixaram os valores de comercialização dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 2,50 o quilo, ou 45,00 a caixa com 18 kg, Esta queda nos valores de comercialização decorre do aumento da oferta, em função do período de safra, que ocorre de maio a setembro. A tendência é de manutenção de preços atrativos em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em função do aumento da oferta decorrente do cenário exposto.    

Sugestões de consumo: Limão, maçã, melão espanhol,Graviola, uva. 

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica o  recuo progressivo de (9,55%) em 12 meses, R$ 51,71  em julho/11 e R$ 46,77 em julho/12, o fardo de 30 kg. A variação mensal também  foi negativa (12,26%)  no preço em julho/12, com  relação a junho/12 O valor médio histórico é de R$ 35,00 o fardo de 30 quilos. 1º  Previsão de uma produção total de açúcar de 38,99 milhões de toneladas, 2012/13, ou seja, 8,41% a mais que a de 2011/12, o Brasil é o maior produtor e exportador mundial desta commodity.   Aumento dos estoques globais, e da produção mundial, em 2012, oriunda principalmente da índia, Tailândia, Austrália, Rússia e Europa, tem provocado queda dos preços da commodity nas bolsas internacionais. A tendência do mercado interno é de oscilação negativa dos preços em nível de consumidor, no curto,  médio prazo reflexo da melhora nas condições climáticas, favorecendo a colheita da cana em São Paulo. Vale salientar que estamos em pleno  período de safra do centro-sul.   

Arroz Parboilizado – O aumento de 12,18% no preço em julho/12, com relação a julho/11, confirmou a tendência altista, em função dos fundamentos abaixo relacionados.: A quebra da safra nacional, 2011/12, estimada em 11.606, contra 13.613 milhões de toneladas em 2010/11, (14,7%) provocada principalmente pela seca que atingiu o Rio Grande do Sul no início do ano, este o maior produtor nacional, e pela redução da área plantada.  Medidas governamentais adotadas, com o objetivo de escoar os estoques, e equilibrar oferta e demanda, principalmente agora com a colheita da safra 2011/12. A iniciativa de grupos privados de transformar grãos de 3ª e 4ª (quebrados) em etanol, vai contribuir com o escoamento da produção. Outra variável importante, é o aumento das exportações, do produto nacional, invertendo um cenário recente  com importações  do Mercosul, sobretudo do Uruguai. A  tendência é de elevação discreta dos preços em nível de consumidor, e valores ligeiramente acima da faixa média histórica, que é, R$ 46,00 o fardo de 30 quilos.  

Feijão carioquinha – O mercado está muito oscilante, mas vem arrefecendo gradativamente, em função da comercialização da safrinha, que, diga-se, de passagem foi muito boa, já que os preços estavam elevados e estimularam os produtores, no entanto não é o suficiente para suprir a perda da safra total, que dos 3.732 milhões de toneladas em 2010/11, caiu para algo em torno de 2.906 milhões de toneladas, ou seja 22% na safra total de feijão.O aumento médio de 66,11% no preço em julho/12, com relação ao mesmo período do ano passado, deixou os valores ainda muito elevados e fora da faixa média histórica, que é de R$ 88,00 o fardo com 30 quilos.Este cenário foi provocado principalmente pela quebra na produção total de feijão da safra 2011/12, estimada em torno de 22% que em valores absolutos representa aproximadamente 826.000 mil toneladas a menos nas gôndolas  dos supermercados.Este cenário é reflexo das dificuldades dos produtores na comercialização das safras dos últimos anos com preços muito baixos e oscilantes, desestimulando o plantio, e acarretando uma migração para culturas mais rentáveis, caso da soja e do milho. Este movimento provocou uma significante diminuição da área plantada, na primeira safra.   Além dos problemas climáticos, seca e mais recentemente geada no sul do Brasil. principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, este último maior produtor nacional.Outra variável muito importante neste ambiente de alta é a seca severa e configurada que assola quase todo nordeste, sobretudo a Bahia, notadamente a importante região produtora de feijão de Irecê, onde as perdas ficaram em torno de 80%.A tendência é de queda dos preços no curto prazo, em função da colheita e comercialização da segunda safra em MT(181.000t – ¾ caupi) e mais recentemente a terceira safra de Goiás, ambos aumentaram significativamente a área de produção., porém  não o suficiente para suprir  as perdas do conjunto de safras, e os valores continuam bastante elevados em nível de consumidor. 

Grupo IV (Carnes e Laticínio).  

Boi gordo – O realinhamento positivo de 3,00% no preço da arroba em julho/12, com relação a julho/11, foi provocado pela, demanda  interna aquecida.No entanto, o mercado se apresenta com uma oferta maior de animais, já que o prolongamento das chuvas aumentou as pastagens por parte dos produtores, e isto aumenta a disponibilidade para o abate, com redução do preço da arroba do boi gordo.Embora a quantidade de animais oriundos dos confinamentos esteja muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho e o soja elementos básicos na composição da ração.A expectativa momentânea é de  oscilações negativas dos preços.  

Frango – As oscilações positivas no preço em julho/12, com relação julho do ano passado, deixaram os valores de comercialização acima da média histórica, e, decorre  essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de oscilações positivas, significativas em nível de consumidor, sobretudo para o preço do frango vivo.  

Recife, 31 de julho de 2012  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola 

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br
 

 

Fonte: DETEC