SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA | ||||||
CENTRO DE ABASTECIMENTO ALIMENTAR DE PERNAMBUCO - CEASA/PE - O.S | ||||||
COMPARATIVO DOS PREÇOS(MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO | ||||||
PRODUTOS | UNIDADE | DIAS | VARIAÇÃO | |||
| A | B | C | C/A | C/B | |
31/01/09 | 26/02/09 | 28/02/09 | MENSAL | SEMANAL | ||
(R$) | (R$) | (R$) | (%) | (%) | ||
1. HORTALIÇAS | ||||||
Abóbora | Kg | 1,33 | 1,50 | 1,51 | 13,53 | 0,67 |
Alface | Pé | 0,22 | 0,30 | 0,32 | 45,45 | 6,67 |
Alho Nacional | Cx 10 Kg | 37,20 | 38,00 | 38,00 | 2,15 | - |
Batatinha | Sc 50 Kg | 78,00 | 60,00 | 68,53 | (12,14) | 14,22 |
Batata Doce | Arroba | 13,20 | 15,00 | 15,12 | 14,55 | 0,80 |
Cebola Pera | Sc 20 Kg | 20,70 | 25,00 | 23,65 | 14,25 | (5,40) |
Cebolinha | Mol. 1kg | 0,92 | 2,50 | 1,38 | 50,00 | (44,80) |
Coentro | Mol. 5a7kg | 5,75 | 8,00 | 11,18 | 94,43 | 39,75 |
Cenoura | Kg | 1,23 | 1,40 | 1,07 | (13,01) | (23,57) |
Chuchu | Cento | 26,65 | 18,00 | 33,82 | 26,90 | 87,89 |
Inhame da Costa | Arroba | 28,10 | 30,00 | 31,76 | 13,02 | 5,87 |
Pepino | Kg | 0,52 | 0,80 | 0,88 | 69,23 | 10,00 |
Pimentão | Cento | 11,30 | 10,00 | 10,24 | (9,38) | 2,40 |
Repolho | Kg | 1,00 | 1,00 | 1,00 | - | - |
Tomate | Cx 30 Kg | 32,50 | 15,00 | 16,53 | (49,14) | 10,20 |
Vagem | Kg | 1,63 | 1,50 | 1,97 | 20,86 | 31,33 |
2. FRUTAS | ||||||
Abacaxi | Cento | 127,50 | 150,00 | 185,29 | 45,33 | 23,53 |
Banana Pacovan | Cento | 5,00 | 7,00 | 6,53 | 30,60 | (6,71) |
Coco Seco | Cento | 70,00 | 80,00 | 78,24 | 11,77 | (2,20) |
Coco Verde | Cento | 79,00 | 80,00 | 79,41 | 0,52 | (0,74) |
Goiaba | Cx 25kg | 28,30 | 30,00 | 30,00 | 6,01 | - |
Laranja Pera | Cento | 8,00 | 8,00 | 8,00 | - | - |
Limão Taity | Cento | 5,65 | 5,00 | 5,12 | (9,38) | 2,40 |
Maracujá | Cento | 26,90 | 17,00 | 18,47 | (31,34) | 8,65 |
Melancia | Kg | 0,40 | 0,40 | 0,44 | 10,00 | 10,00 |
Melão Espanhol | Kg | 0,77 | 0,80 | 0,80 | 3,90 | - |
Mamão Hawaí | Kg | 1,15 | 1,00 | 1,00 | (13,04) | - |
Maçã Nacional | Cx 18 Kg | 46,25 | 40,00 | 41,65 | (9,95) | 4,13 |
Uva Itália | Cx 20 Kg | 52,00 | 60,00 | 55,00 | 5,77 | (8,33) |
3. CEREAIS | ||||||
Açucar Cristal | Sc 50 Kg | 39,48 | 52,27 | 51,34 | 30,04 | (1,78) |
Açucar Cristal | Frd 30 Kg | 25,13 | 32,80 | 32,00 | 27,34 | (2,44) |
Arroz Beneficiado TP1 | Frd 30 Kg | 57,26 | 52,00 | 52,55 | (8,23) | 1,06 |
Arroz Branco TP1 | Frd 30 Kg | 57,98 | 54,50 | 56,35 | (2,81) | 3,39 |
Farinha de Mandioca TP2 | Frd 30 Kg | 32,18 | 33,45 | 33,49 | 4,07 | 0,12 |
Feijão Carioquinha TP2 | Frd 30 Kg | 71,00 | 40,00 | 42,65 | (39,93) | 6,63 |
Feijão Carioquinha TP1 | Frd 30 Kg | 81,70 | 70,00 | 73,24 | (10,35) | 4,63 |
Mamona | Sc. 60kg | 60,00 | 50,00 | 60,00 | - | 20,00 |
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS | ||||||
Boi Gordo | Arroba 15Kg | 84,35 | 84,00 | 83,53 | (0,97) | (0,56) |
Carcaça Suina | Kg | 5,20 | 5,20 | 5,20 | - | - |
Caprino/Ovino | Arroba 15Kg | 120,00 | 120,00 | 120,00 | - | - |
Frango-Resfriado | Kg | 3,47 | 3,14 | 3,17 | (8,65) | 0,96 |
Frango-Congelado | Kg | 2,57 | 2,47 | 2,44 | (5,06) | (1,21) |
Frango-Vivo | Kg | 2,30 | 1,90 | 2,00 | (13,04) | 5,26 |
Leite In Natura (Indústria) | Litro | Sinf. | Sinf. | Sinf. | - | - |
Leite In Natura (Produtor) | Litro | Sinf. | Sinf. | Sinf. | - | - |
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços. | ||||||
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545 - 08002813966 - FAX: 3182-3534 | ||||||
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado | ||||||
Acesso a internet : www.ceasape.org.br |
5 – PONDERAÇÕES TÉCNICAS:
Grupo I (Hortaliças / Tubérculos)
O período de entressafra da maioria das hortícolas diminui a oferta e eleva os preços em nível de consumidor durante o mês de fevereiro – todavia os valores encontrados na CEASA são muito inferiores aos praticados em outros pontos comerciais, já que essa central atua como distribuida e regulado do mercado.
Alguns comentários sobre as exceções, oscilações e outros fatos pertinentes.
Abóbora – tem uma oferta muito regular e equilibrada com a demanda ao longo do ano, proveniente dos estados de Maranhão, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Porém em fevereiro e março este volume diminui em função do final da safra do Rio Grande do Norte e o inicio da safra do Maranhão. Estes fatores dão espaço para majorações, este cenário deverá mudar em agosto quando ocorrerá novo ciclo produtivo, principalmente da Bahia e Sergipe.
Alface, Cebolinha e Coentro – por serem culturas de características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, portanto a tendência é altista no curto e médio prazo em virtude da entressafra provocada pela instabilidade climática que geralmente ocorre no 1º semestre.
Alho nacional – apesar da oscilação positiva de 2,15% no preço em fevereiro, os valores praticados na CEASA, continuam muito abaixo dos níveis históricos de R$ 43,00 a cx. com 10kg. A produção nacional vem apresentando crescimento, o mercado opera com boa movimentação do produto. Quer de procedência interna e importada da China e da Argentina. A oferta deverá continuar elevada e os valores de comercialização ainda mais atraentes para o consumidor.
Batatinha– historicamente a partir de novembro e sobretudo em dezembro e janeiro, a oferta oscila e a qualidade diminui abrindo espaço para aumento dos preços. Este fato ocorre em função das chuvas na Região Sul e Sudeste do País, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor nacional, criando dificuldades logísticas com armazenamento e transporte, reflexo das variações do clima (chuva, temperatura alternada e ventilação) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização.
A tendência é de alta no curto prazo, a queda dos preços dependerá das condições climáticas, já que existe produto no campo. Vale ressaltar que o valor médio, fica em torno de R$ 1,20 o kg. Portanto os preços praticados em fevereiro ficaram acima desta média histórica.
Batata doce – o preço médio de R$ 15,12 a arroba de 15 Kg., estar elevado e fora do patamar histórico, ou seja R$ 10,00, reflexo da diminuição da oferta, decorrente da proximidade do período da entressafra que ocorre de março a junho.
Portanto a tendência é altista no curto e médio prazo.
Cebola pera – O aumento de 14,25% reflete a diminuição da oferta, em função do final da safra do Vale do São Francisco que ocorre de agosto a novembro, agravado pelas péssimas condições climáticas da região sul e sudeste, sobretudo Santa Catarina, maior produtor nacional a expectativa é de que os preços continuem elevados no curto médio e longo prazo.
Cenoura – apesar da queda de 13,01% no preço médio de fevereiro, a expectativa é de valores elevados no curto e médio prazo, em função do período da entressafra que ocorre de janeiro a julho.
Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grande oscilação na oferta e no preço. A tendência é de elevação dos preços em nível de consumidor no curto e médio prazo. Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 17,00 o cento ou R$ 0,56 o quilo.
Inhame da costa – o aumento relativo de 13,02% em fevereiro é reflexo da entressafra que ocorre de dezembro a fevereiro.
A expectativa é de queda dos preços a partir de março sobretudo em abril, com o inicio da produção do inhame irrigado oriundo do agreste do estado, isto provoca invariavelmente a redução dos preços.
Pepino – os meses de outubro a janeiro são caracterizados por uma boa oferta do produto com preços atrativos, no entanto entre fevereiro e março normalmente estes valores são majorados em nível de consumidor.
Pimentão – apesar da queda de (9,38%) no preço em fevereiro, reflexo da pouca demanda, a expectativa é de aumento desses valores, em função da entressafra que ocorre de fevereiro a agosto.
Tomate – apesar da queda de 49,00% na média de fevereiro com relação a janeiro, reflexo de um aumento na produção e conseqüentemente na oferta, a expectativa é de aumento no preço de fevereiro a julho, período da entressafra do produto.
Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,80 o kg.
Vagem – o aumento relativo de 20,86% no preço na média de fevereiro com relação a janeiro, decorre da queda da oferta provocada pela proximidade da entressafra do produto, que ocorre de março a setembro, portanto a tendência é de preços elevados neste período, em nível de consumidor.
Vale ressaltar que o valor médio histórico é de R$ 0,96 o kg.
Sugestões de consumo: Alho, Pepino, Pimentão, Tomate.
Grupo II (Frutas)
Abacaxi – O aumento de 45,33% no preço em fevereiro é reflexo da diminuição da oferta, decorrente do período da entressafra, que ocorre entre fevereiro e julho, a expectativa é de que os preços se mantenham bastante elevados no curto, médio e longo prazo, o valor médio histórico fica em torno de R$ 0,80 o kg.
Banana pacovan – o aumento percentual de 30,60% na média do preço em fevereiro, reflete a diminuição da oferta e da qualidade, decorrente da proximidade com a entressafra que ocorre de março a agosto.
Vale salientar que o preço médio mensal fica em torno de R$ 8,00 o cento ou R$ 0,50 o kg.
Coco seco – historicamente em fevereiro, se observa uma entrada menor do produto com preços elevados e muito acima da média histórica, ou seja R$ 54,00 o cento ou R$ 0,85 o kg.
Coco verde– o aumento relativo de 0,52% em fevereiro, reflexo do aquecimento da demanda em função do verão, mantem o preço bastante elevado e fora da faixa média histórica R$ 39,00 o cento.
Goiaba – A infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, reduziu drasticamente a produção, a qualidade e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA. Com isto o preço da caixa com 25kg ficou acima do valor médio histórico, ou seja, em torno de R$ 25,00.
Porém de março a maio a oferta aumenta e provoca queda nos preços, em nível de consumidor.
Limão taity – a queda de 9,38% no preço em fevereiro, é reflexo do aumento gradativo da oferta, decorrente do período de safra que ocorre a partir de dezembro, se intensificando de janeiro a maio com preços atrativos para o consumidor. O valor médio mensal fica em torno de R$ 5,00 o cento, ou R$ 0,77 o kg.
Maracujá – a queda de 31,34% no preço em fevereiro, é reflexo de uma oferta maior oriunda do Ceará, acomoda os valores na faixa média histórica de R$ 16,00 o cento ou R$ 1,19 o kg. Contudo a diminuição na produção regional em virtude da migração para outras culturas mais rentáveis é notória, mesmo assim a tendência é de queda do preço no curto prazo, já que o período de safra ocorre entre fevereiro e julho.
Melancia – o aumento de 10% no preço médio de fevereiro, decorre da diminuição da qualidade e da oferta, reflexo do período da entressafra que ocorre entre fevereiro e julho. Portanto a tendência é de elevação discreta desse valores no médio prazo.
Melão espanhol – O aumento relativo de 3,90% no preço em fevereiro, decorre da diminuição da oferta, em função da proximidade do período de entressafra que ocorre de março a agosto. Portanto a tendência é de elevação gradual dos preços no curto e médio prazo. Vale destacar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 0,77 o quilo.
Mamão hawai – a queda de 13,04% no preço em fevereiro, reflete um incremento na oferta em virtude do período de safra que ocorre de janeiro a junho com destaque para fevereiro e março, o valor médio histórico é de R$ 0,94 o quilo.
Maçã nacional – a retração do consumo provocou queda de 9,95% no preço, não obstante estarmos na entressafra que ocorre de outubro a fevereiro, a proximidade com o período de safra que ocorre de março a agosto, aumenta o nível da oferta e deixa os valores próximos dos níveis históricos ou seja R$ 36,00 a cx com 18kg ou R$ 2,00 o kg. Portanto bem atrativos para o consumidor.
Uva itália – o aumento de 5,77% no preço em fevereiro, decorre da diminuição da oferta regional oriunda do Vale do São Francisco, em função do período da entressafra que ocorre de janeiro a março, e também do aumento nos custos de produção com defensivos e principalmente os fertilizantes. A tendência é de manutenção e queda gradativa dos preços no curto prazo. O valor médio histórico é de R$ 2,21 o quilo.
Sugestões de consumo: banana, graviola e melancia.
Grupo III (Cereais/Oleaginosas).
Açúcar – Em plena entressafra decorrente do final da colheita da safra 2008/2009 do centro-sul do país, que corresponde a 85% da produção nacional, estimada em 32 milhões de toneladas.
O aumento das exportações provocada principalmente pela valorização do dólar sobre o real.
A crescente demanda do consumo de álcool hidratado(combustível) pelos veículos flex no mercado interno e a redução significante na produção da Índia, segundo maior produtor mundial.
A conjunção desses cenários dão sustentação e apontam para aumento ainda maiores dos preços no mercado interno.
Obs.: O preço neste período do ano passado era de R$ 34,69 e hoje se encontra na faixa de 51,34 o saco de 50Kg.
Arroz – apesar da produção nacional 2008/2009, estimada em 12.251 milhões de toneladas os preços do arroz beneficiado em nível de atacado, estão bastante elevados, puxados pela progressiva elevação da demanda global, sobretudo China, Índia e alguns Países do continente Africano, como há um forte ajuste entre oferta e demanda global 625 e 623,7 milhões de toneladas respectivamente deixam os estoques de passagem baixos. No entanto o início da colheita no sul do pais, onde se localiza o maior produtor (Rio Grande do Sul), aponta para um arrefecimento dos preços no curto prazo.
Feijão – A previsão total de uma safra em torno de 3.735 (três milhões, setecentos e trinta e cinco mil toneladas) em 2008/2009, superior em 6% a produção de 2007/2008, aumentou em 213mil toneladas, a oferta e reduziu o preço de R$ 141,77 para R$ 73,24 ou seja 94% se comparado com fevereiro/2008, não obstante aos problemas climáticos (seca na região sul do Brasil).
Grupo IV (Carnes e Lacticínio).
Boi gordo – mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos 04 anos, o que reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no preço em nossa região.
Vale ressaltar que o preço em fevereiro/2008 estava em torno de R$ 73,61 e hoje se encontra na faixa de R$ 83,35 a arroba, aumento relativo de 13%. Além do aumento dos custos de produção com ração, suplementos minerais etc. Porém a expectativa é de queda dos preços em função da maior disponibilidade de animais nos frigoríficos, reflexo da oferta maior por parte dos produtores e da retração das exportações.
Frango – as oscilações constatadas durante o mês de fevereiro, com relação a janeiro, ou seja, queda de (8,65%) para o frango resfriado, (13,04%) para o vivo e (5,06%) para o congelado, decorre principalmente, da queda expressiva no volume das exportações e das variações significantes no custo de produção sobretudo o milho e a soja, pressionando os preços internos das carnes em geral, principalmente a de frango.
Recife, 28 de fevereiro de 2009
Marcos Antônio Barros
Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola
Fonte: DETEC